Genro discute com partidos sucessão na Câmara
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, recebeu, na tarde desta segunda-feira (8), o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, para discutir a sucessão na Câmara. Genro se reuniu também com o líder do PT na Casa, deputado Henrique Fontana (RS).
Publicado 08/01/2007 18:11
Ao final da reunião, Fontana declarou que deve ser definido um nome de consenso da base aliada para concorrer ao cargo o mais cedo possível. Ele anunciou que vai trabalhar pela candidatura única e que qualquer dos dois candidatos que desistir da disputa pode ocupar um cargo no ministério do segundo governo Lula.
O atual presidente e candidato à reeleição, Aldo Rebelo, também considera melhor para a Câmara a eleição de um presidente que consiga reunir o apoio de todos os partidos. ''Se houver uma candidatura da instituição, que reúna todos os partidos, ou a ampla maioria deles, tanto melhor. Se não houver, estará assegurada democraticamente a possibilidade de um desfecho não simplesmente legítimo, mas satisfatório para todos'', acrescentou.
Ele disse ainda que tem se preocupado apenas com sua campanha. Aldo tem conversado com parlamentares e feito telefonemas a lideranças políticas e a governadores.
Duras críticas
O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) criticou duramente a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia à Presidência da Câmara, dizendo representar a volta de José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil e deputado cassado, ao Congresso Nacional.
''(A candidatura de) Chinaglia é resultado de uma aliança entre José Dirceu e Marta Suplicy (ex-prefeita de São Paulo) e representa o retorno de mensaleiros e sanguessugas'', disse, ressaltando ainda que a vitória da candidatura petista significaria ''colocar na cadeira da Presidência da Câmara o senhor José Dirceu e dar anistia a quem foi condenado''.
Aproveitando a reunião realizada no Hotel Crowne Plaza, em São Paulo, do grupo independente de deputados que tenta lançar uma terceira via para presidir a Câmara Federal, Jungmann reforçou seu discurso anti-Chinaglia mandando uma mensagem de advertência para o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro: ''Se o Chinaglia chegar ao poder, Tarso, você não vai comandar nada. Porque o instrumento de poder do PT fica com o senhor José Dirceu e volta o lado negro da força a comandar tudo''.
Para Jungmann, uma eventual vitória de Chinaglia representaria uma ''derrota pessoal'' do ministro Genro.
Com agências