Tarso Genro admite que governo pode optar por Aldo ou Chinaglia

O governo e o país têm pela frente, e no calendário, dois exemplos tidos e havidos como importantes: um, a eleição para as mesas da Câmara e do Senado. O outro, o lançamento, no próximo dia 22, do pacote de medidas para alavancar, ou tentar alavancar,

O mais importante deveria ser aquele que diz respeito ao funcionamento de todo o país, ainda que a mídia quase em peso trate como decisivas as eleições para as presidências da Câmara e do Senado. Sobre esses dois assuntos, Terra Magazine conversou com o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.



Quanto ao que interessa nesses tempos de recesso, ele disse, em resumo, que se a oposição lançar um candidato à Presidência da Câmara, o governo será obrigado a decidir quem é o mais forte, quem tem mais votos, entre Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP).



Sobre o pacote do dia 22, apontou os três caminhos principais: desobstrução do Estado, política de isenções para incentivar a iniciativa privada e investimento do Estado em várias áreas produtivas. Leia entrevista na íntegra:



Pelas páginas, temos pela frente dois eventos de suma importância…
Sim, o evento do dia 22 é realmente muito importante…



Mas tem o de depois, a eleição para as presidências da Câmara e do Senado.
Comecemos pelas medidas a serem anunciadas dia 22.



Qual é o conceito dessas medidas?
Desobstrução do Estado, política de isenções para incentivar a iniciativa privada e investimento do Estado em várias áreas produtivas.



E o de depois? E a eleição das mesas da Câmara e do Senado?
Isso é importante, mas ainda tem tempo.



Na real, na verdade, qual é a posição do governo?
Para o governo, tanto faz o Aldo quanto o Arlindo. O governo não vai peitar nem pedir que ninguém desista…



Mas…
Mas se uma terceira opção surgir identificada com a oposição…



O que o senhor quer dizer com oposição?
PSDB, PFL… Se surgir essa terceira opção, que seria o gesto de desestabilização das relações do Executivo com o Legislativo, aí teríamos que verificar qual é verdadeiramente o nome mais forte.



Há a perspectiva de uma outra opção?
Em política sempre há, mas no momento as candidaturas que estão postas no horizonte são as do Aldo e do Arlindo.



Vamos ao pacote. Qual é o recheio, por exemplo, para a questão da isenção?
É isenção para os investimentos na geração de empregos.



Exemplos…
Recuperação de postos… Isenção para setores que precisam de um impulso direto do governo para se tornarem competitivos, que tenham repercussão nas cadeias produtivas…



O senhor não poderia ser mais específico?
Estou falando dos conceitos. Não cabe a mim adiantar as medidas.


 


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