Lúcia Antony defende carga horária integral no ensino público

A vereadora Lucia Antony (PCdoB) comentou ontem que o modelo de ensino público no Brasil necessita de uma ampla reformulação, […]

A vereadora Lucia Antony (PCdoB) comentou ontem que o modelo de ensino público no Brasil necessita de uma ampla reformulação, para que possa cumprir o papel de educar e formar os jovens deste país, preparando-os como indivíduos, como cidadãos e como profissionais.


 


Ela discordou do posicionamento do subsecretário de Gestão Educacional da Secretaria Municipal de Educação, Sérgio Augusto Freire de Souza, que recentemente criticou, em declaração à imprensa, o regime de horário integral nas escolas, por entender que esta seria uma forma da família se eximir de suas responsabilidades na formação da criança ou do jovem.


 


Lucia Antony defende que é preciso haver maior integração entre a escola e a família e, principalmente, que a escola tenha condições de ampliar a sua abrangência de atuação no processo pedagógico.

“É preciso compreender que o perfil das famílias brasileiras mudou nos últimos anos e hoje grande parte das mães trabalha fora. Além disso, é grande o número de mulheres que passaram a chefiar suas famílias e, portanto, não t ê m mais como dedicar uma parte do dia a orientar os filhos nas tarefas de casa. Além disso, os pais muitas vezes não têm a didática necessária, tampouco dispõem de recursos para bancar aulas particulares “, afirma a vereadora.


 


Antony chama atenção para o fato de que grande parcela das crianças acaba ficando sozinha parte do dia, sem qualquer assistência pedagógica, o que pode prejudicar a sua preparação para o mercado de trabalho. ” O ideal, então, é que a escola, assim como a família, passem a adotar novos parâmetros, em que os familiares participem mais das atividades da escola, e que os alunos tenham, por sua vez, a opção de contar com uma grade curricular ampliada e assistência pedagógica adequada. A família pode ser estimulada a participar de atividades extra-curriculares, como visitas a museus, parques, centros culturais, etc., sem necessariamente ter a responsabilidade de supervisionar as tarefas e trabalhos acadêmicos

“, explica.


 


A parlamentar admite que essa ainda é uma realidade distante neste momento, em função da enorme demanda reprimida, especialmente em Manaus, que ainda não dispõe de salas de aulas em numero suficiente, havendo necessidade de turnos intermediários, mas destaca que esta é uma meta a ser alcançada. “Certamente, a carga horária em tempo integral, que já e adotada em diversos paises, poderá contribuir de forma significativa para melhorar a qualidade da educação e, conseqüentemente, com o desenvolvimento da Nação”, afirmou.


 


 


 


De Manaus,


Rosângela Alanís