Governo não pedirá renúncia de qualquer candidato, diz Tarso

O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse nesta quinta-feira (11/1) que o governo não vai pedir a renúncia de nenhum dos candidatos da base aliada à presidência da Câmara.

Segundo ele, no entanto, pode ocorrer no processo de negociação que as lideranças dos partidos firmem uma convicção de que uma candidatura é fatalmente a vencedora e aí, então, teria a desistência de um dos candidatos – Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ou Arlindo Chinaglia (PT-SP).



“De parte do governo isso [pedido de renúncia] não será feito. Nem da parte do presidente nem desta coordenação política. As duas candidaturas são da base do governo e devem ser respeitadas”, disse o ministro ao comentar que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem à noite (10/1) e recebeu a orientação de continuar acompanhando a movimentação dos partidos sobre a eleição da Mesa da Câmara sem interferir no processo.



Segundo Tarso, a movimentação dos dois candidatos é legítima, uma vez que os dois têm um patrimônio respeitável: Aldo por seu “bom trabalho na presidência da Câmara” e Arlindo pela “respeitabilidade” que tem neste momento, no sentido de representar os interesses dos partidos que pretendem restabelecer o critério de que a maior legenda indica a presidência da Câmara.



Sem preferências, por enquanto
Ele reconheceu que a candidatura do petista demonstrou recentemente sua força dentro do PMDB, mas disse não saber avaliar o reflexo desta votação interna nos demais partidos da base aliada.



“Nós não queremos fazer nenhuma indução, rejeito a informação que foi feita por alguns colegas da esfera política de que estaria havendo algum tipo de preocupação nossa em induzir a candidatura de Arlindo. Aldo ou Arlindo para nós está tudo bem”, afirmou.



Entretanto, Tarso admitiu que vai chegar em um determinado momento que vai poder manifestar uma opinião sobre a eleição na Câmara, ao fim das negociações, após identificar qual candidato demonstra maior potência eleitoral.



O ministro afirmou que o presidente não o autorizou a manifestar nenhum juízo sobre o assunto e que está acompanhado a campanha e que outorga legitimidade às duas candidaturas.



Da redação, com agências