Evo Morales ratifica militarização de Cochabamba

O presidente boliviano Evo Morales ratificou nesta sexta-feira (12/1) a militarização de Cochabamba e pediu à Justiça punições aos responsáveis pelos atos de violência de ontem nessa cidade do centro da Bolívia, nos quais morreram duas pessoas.

“Frente à ausência de autoridade em Cochabamba, instruí as Forças Armadas para garantir a segurança aos cidadãos e investigar o ocorrido na quinta-feira, para punir os responsáveis”, disse o presidente.



Evo pediu também às organizações sociais que “atuem com espírito de democracia, e não de vingança”, para pacificar Cochabamba, onde ontem morreram um camponês e um estudante.



As organizações sociais que exigem a renúncia do prefeito Manfred Reyes Villa, a quem culpam pela morte de um camponês durante os enfrentamentos de quinta-feira, organizam para a tarde um novo ato na cidade. Também os partidários de Reyes Villa, que culpam os camponeses pela morte de um estudante de 17 anos, se preparam para continuar suas manifestações.



“Não se trata de ganhar de ninguém, mas sim de buscar soluções pelo diálogo, algo que foi esquecido por alguns prefeitos. O governo está empenhado em um diálogo honesto e sincero”, disse o presidente, e prometeu “garantias e segurança para toda a população”.



Evo, assim como o vice-presidente, Álvaro García Linera, responsabilizou o prefeito de Cochabamba por provocar o protesto dos camponeses que exigem sua renúncia, ao apoiar a demanda de autonomias regionais nos departamentos de Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija.