Ciclo de Debates da UJS tem início no próximo sábado.

A União da Juventude Socialista – UJS de Campina Grande iniciará no próximo sábado (20), o Programa Permanente de Formação com o I Ciclo de Debates da UJS no Auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Paraíba – SINTEP.


 

O evento, denominado Ciclo de Debates João Baptista Drummond, terá inicio às 14:00 com o debate  PERSPECTIVAS E DESAFIOS DO SEGUNDO GOVERNO LULA. Participarão do debate o Professor Washigton Feitosa, sociólogo e secretário estadual de juventude do PCdoB e o Professor José Benjamim, Historiador e Professor da Universidade Estadual da Paraíba (a confirmar) , além de José Coelho, Presidente do Sindicato dos Comerciários e presidente  do PCdoB em Campina Grande.


 


 


Após um breve intervalo, às 17:30 será exibido o documentário  MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE, produção da BBC de Londres que retrata o crescimento do Grupo Marinho e sua influência política e sócio-econômica na sociedade brasileira. Seguindo a exibição haverá um debate entre os participantes, comunicólogos e artistas convidados.


 


 


De acordo com Flávio Renato, presidente da UJS no município, a intenção é criar uma prática contínua de formação, onde os jovens militantes possam entrar em contato com os debates atuais e preparar-se para as lutas cotidianas. “A nossa preocupação vem desde a escolha do nome de cada Ciclo, onde mensalmente homenagearemos figuras importantes da história das lutas brasileiras. Esse é um modo de colocar o militante em contato com parte importante e esquecida da nossa história”


 


 


O encontro será encerrado com um momento alternativo cultural com apresentações de artistas da própria entidade.


 


 


João Baptista Franco Drummond


 


 


O I Ciclo de debates da UJS fará uma homenagem ao militante João Baptista Drummond, assassinado pela ditadura militar no episódio conhecido como “o massacre da Lapa”.


 


 


Dirigente do PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PCdoB), João Baptista Franco Drummond nasceu no dia 28 de maio de 1942, na Fazenda das Posses, em Varginha, Minas Gerais, filho de João Baptista Moura Drummond e Zilah Carvalho Drummond.


 


 


Cursou o 1° grau no Ginásio Salesiano Dom Bosco, de Cachoeira do Campo e, após o término do 2° grau realizado no Colégio Loyola em Belo Horizonte (1961), ingressou no Curso de Economia da FACE/UFMG, tendo-o concluído em 1966. Exerceu a presidência do Diretório Acadêmico daquela faculdade no período de 64/65 e foi um dos principais organizadores dos 27° e 28° Congressos da UNE.


 


 


Além de sua militância na política estudantil, tomava parte, desde 1963, do movimento camponês no sul de Minas e das campanhas eleitorais juntamente com o líder operário, Dazinho. Foi membro da organização AP – Ação Popular – e, posteriormente, da APML – Ação Popular Marxista-Leninista – onde exerceu diversas funções, como responsável pela Secretaria de Organização (1969) e Comitê Político (1971).


 


 


Entre os anos de 1969 e 1970, foi julgado pela Justiça Militar e teve seus direitos políticos cassados por dez anos, além de ter sido condenado, à revelia, a quatorze anos de prisão.


 


 


Em 1972,vivendo na clandestinidade, passou a militar no PC do B, cujo Comitê Central passou a integrar a partir de 1974.


 


 


Foi preso no dia 16 de dezembro de 1976, quando a direção do PC do B encontrava-se reunida numa casa localizada no bairro da Lapa, em São Paulo, onde morreram Pedro Pomar e Angelo Arroyo. Nesse episódio, conhecido como “o massacre da Lapa”, João foi preso já fora da casa e levado ao DOI-CODI, onde morreu sob tortura.


 


 


Em nota oficial assinada pelo General Dilermando Gomes Monteiro, o II Exército comunicou sua morte por ‘atropelamento’.


 


 


João Batista deixou 2 filhos, Rosamaria e Sílvia, de seu casamento com Maria Esther Cristelli Drummond. Está enterrado no Cemitério do Parque da Colina, em Belo Horizonte.


 


 


Fonte: www.torturanuncamais-rj.org.br