PSB oficializa apoio a Aldo e confia na vitória

“Receber o apoio do PSB é uma alegria, uma honra e uma responsabilidade”, disse o presidente da Câmara e candidato à reeleição, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ao receber o apoio formal do PSB à sua candidatura, em almoço, na sede do partido, nesta terça-feira

Para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, essa eleição para a Presidência da Câmara será mais tranqüila que a anterior. Em sua opinião, Aldo ganhará com uma margem de votos maior que na última eleição, quando teve apenas 11 votos a mais que o então candidato do PFL, José Thomaz Nonô (AL), 1º vice-presidente da Câmara.


 


Para o líder do PSB na Câmara, senador eleito Renato Casagrande (ES), Aldo terá maiores chances no segundo turno da disputa: “O atual presidente aglutina mais forças na Casa do que o Chinaglia”, avalia.


 


Os socialistas anunciaram que o partido está de acordo com as prioridades apresentadas pelo candidato em sua campanha. Em carta aos deputados, Aldo se compromete com a discussão e votação de temas como orçamento impositivo, reforma tributária e política e a elaboração de uma política permanente de reajuste para os parlamentares.


 


Participação da mulher


 


Eduardo Campos também destacou que os dois partidos são aliados históricos e que Aldo aceitou incluir entre suas prioridades na Presidência da Câmara a questão de gênero. Sobre esse assunto, Aldo declarou que os dois partidos batalharão pela inclusão de uma mulher na Mesa Diretora.


 


“As duas bancadas seguem essa orientação de valorizar o papel da mulher dentro do Parlamento e talvez sejam as que tenham a maior participação feminina”, afirmou Aldo, acrescentando que “não se pode falar em democracia sem uma ampla participação da mulher”.


 


Acordo selado


 


A reunião da bancada do PSB na Câmara selou o apoio entre os socialistas e o deputado comunista, que existe desde o início da campanha. Na semana passada, essa aproximação tornou-se maior com o anúncio da formação do bloco parlamentar PSB-PCdoB.



 
As lideranças socialistas explicam que a criação do bloco parlamentar visa fortalecer as duas legendas no Congresso Nacional e conter manobras de outros partidos da base governista, que ignoraram o acordo feito pelo presidente Lula e lançaram a candidatura do petista Arlindo Chinaglia.


 


O novo bloco começará a nova legislatura com mais de 40 deputados e enfraquece o acordo firmando pelo PT e o PR. O chamado Partido da República (PL/Prona) havia anunciado apoio à candidatura do petista Arlindo Chinaglia em troca da quarta secretaria da Casa. No entanto, a união de PSB e PCdoB fará com que o PT perca uma das vagas de titular na Mesa Diretora – não podendo, assim, cumprir o compromisso com o PR.


 


Os dois partidos esperam ainda as manifestações do PV e do PDT, que também deverão apoiar nos próximos dias o deputado do PCdoB.


 


De Brasília
Márcia Xavier
Com agências