Lula será o único governante sul-americano em Davos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o único chefe de estado sul-americano a participar do Fórum Econômico Mundial 2007, que começou nesta quarta-feira (24) na cidade suíça de Davos. A presença de Lula em Davos, considerado o Fórum dos Ricos, mas n

O Fórum de Davos reúne desde 1971 as principais lideranças empresariais do planeta, enquanto o de Nairobi nasceu em 2001, em Porto Alegre. No seu primeiro ano como presidente, em 2001, Lula salomonicamente compareceu aos dois eventos.


 


Em Davos, Lula defenderá o fim dos subsídios agrícolas, praticados pelos países ricos e prejudiciais às economias do Terceiro Mundo.  Buscará também interlocutores para ajudar a destravar a Rodada de Doha das negociações da Organização Mundial do Comércio, paralisadas desde o ano passado devido às divergências em torno deste ponto.



Este ano, 24 chefes de estado e de governo, 85 ministros, líderes religiosos, executivos da mídia e representantes de organizações não governamentais participarão do encontro, que vai até domingo (28). A ausência de outros governantes sul-americanos já foi interpretada como uma reprimenda não declarada à tendência recente do continente para eleger presidentes de esquerda, contestadores do pensamento neoliberal que hegemoniza o encontro na pequena estância de inverno dos Alpes.



Agenda vai até sexta



Lula viaja nesta noite para a Suíça, onde deve permanecer até sexta-feira. A agenda completa do presidente ainda não foi divulgada, mas de acordo com o Itamaraty o presidente deverá ser o principal expositor de sessão plenária sobre novas estratégias para erradicação da fome, na manhã da sexta-feira.



No mesmo dia, Lula deve participar de plenária sobre a América Latina na companhia do presidente do México, Felipe Calderón, e do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza. Ainda na tarde de sexta-feira está previsto encontro de líderes mundiais sobre a atual rodada de negociações da Organização Mundial do Comércio – a Rodada Doha -, emperrada desde julho de 2006 por entraves na área agrícola.



De acordo com o Itamaraty, devem participar do encontro, além do presidente Lula, o primeiro-ministro inglês Tony Blair, o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, o Comissário Europeu de Comércio, Peter Mandelson, a Representante Comercial dos Estados Unidos, Susan Schwab, e o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, entre outros.



Lula deverá ter também encontros bilaterais que ainda não foram divulgados. Também participarão do Fórum Econômico Mundial os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores), Guido Mantega (Fazenda), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.