Alagoas: Servidores mantêm greve contra governo tucano
A paralisação do funcionalismo público em Alagoas vai continuar. Em assembléias realizadas nesta quinta-feira (25/01), servidores estaduais de duas categorias – Educação e Polícia Civil – resolveram permanecer em greve contra o governador Teotônio Vilela
Publicado 25/01/2007 19:49
O decreto 3555/07, publicado pelo recém-empossado governador tucano, suspendeu todos os reajustes salariais concedidos aos servidores públicos desde abril do ano passado. Em protesto, professores cruzaram os braços na semana passada, junto com policiais civis e funcionários da Saúde.
Os funcionários da Educação participaram de um encontro com representantes do estado e do Ministério Público na quarta. No final da reunião, a administração estadual ofereceu o pagamento de 80% restantes para isonomia da seguinte forma: 5% na folha de dezembro; mais 5%, na de janeiro; e outros 5%, na folha de fevereiro.
A proposta não foi aceita, e nova assembléia da categoria está marcada para a próxima segunda-feira. Além disso, os professores devem fazer um protesto nesta quinta, em frente à Assembléia Legislativa.
Policiais
Já na assembléia do Sindicato de Policiais Civis de Alagoas (Sindipol), os profissionais da área decidiram, por maioria de votos, mover uma ação civil pública contra o estado. O objetivo é que a categoria seja ressarcida por danos morais e prejuízo financeiro.
“Em função das diversas cobranças que recebemos, atrasos de pagamentos e principalmente da humilhação que passamos”, afirma Carlos Jorge, presidente do Sindipol.
Hoje é o décimo dia de paralisação da categoria, que responde por 103 delegacias, além das seis regionais e das 18 especializadas espalhadas pela capital. Cerca de 2.100 policiais continuam em greve. “Nós estamos nos sentindo lesados”, argumenta Carlos Jorge. “Vamos buscar os nossos direitos!”