Porto Alegre sedia congresso Árabe Palestino

Descendentes de árabes palestinos passam por dificuldade para visitar a terra dos seus antepassados, no Oriente Médio, segundo o presidente interino da Confederação Brasileira Árabe Palestina do Brasil (Copal), Elayyan Alladin.

 O advogado gaúcho esperou mais de 12 horas para cruzar a fronteira de Israel para a Palestina em viagem realizada no ano passado. “Vi brasileiro sem sobrenome árabe entrando normalmente.” A situação, segundo Alladin, é grave e revolta a comunidade palestina. De hoje até domingo, descendentes de várias regiões do país se reúnem em Porto Alegre para o 9º Congresso das Comunidades e Entidades Árabes Palestinas Brasileiras.



A Palestina não pode ser acessada pela via aérea por determinação do governo israelense, que controla a região. Os visitantes devem chegar pelo aeroporto de Tel-Aviv ou por Jordânia e Egito, países com os quais Israel mantém relação diplomática. Alladin disse que presenciou o drama de brasileiros e brasileiras que casaram e tiveram filhos com palestinas ou palestinos. Ao todo, 15 mil brasileiros vivem na Palestina. “Eles não querem sair do país pelo medo de não poderem retornar. Vivem em situação de cárcere.”


 


O congresso ocorre a cada três anos em diferentes locais. Além de falar sobre direitos humanos, religião (cristã e muçulmana) e manutenção da cultura, os árabes palestinos brasileiros elegerão a presidência da confederação. A embaixadora da Palestina no Brasil, Mayada Bamie, estará presente.


 


 


Com Agências