Pesquisa: Só Kirchner venceria 1º turno na Argentina

O presidente argentino, Néstor Kirchner, receberia 52% dos votos nas eleições presidenciais de outubro, enquanto sua esposa – a outra pré-candidata oficial – deveria enfrentar um segundo turno, de acordo com sondagem divulgada neste sábado (27/01).

A pesquisa de Ipsos Mora e Araujo, realizada em janeiro junto a 1.200 eleitores e divulgada no jornal Clarín, indica que os esforços do governo para apresentar a primeira-dama Cristina Fernández como possível sucessora de seu marido ainda não deu os melhores resultados possíveis.


 


Esta semana, o chefe de gabinete, Alberto Fernández, reiterou que o governo tem “dois muito bons candidatos” para as eleições de 28 de outubro. Cristina Fernández obteve 37% dos votos na sondagem.


 


Segundo as regras eleitorais argentinas, para vencer em primeiro turno é necessário obter 45% dos votos, ou 40%, mas superando em mais de 10 pontos o segundo colocado.


 


A sondagem também confirmou que a oposição está muito atrás dos candidatos do governo. O líder do partido de centro-direita PRO, Mauricio Macri, obteve 8 pontos das intenções de votos quando o candidato oficial era Kirchner e 9 pontos quando era sua esposa. Macri ainda não anunciou se será candidato a presidente ou a outro cargo.


 


Roberto Lavagna, ex-ministro da Fazenda de Kirchner, obteve 5 e 6 pontos nos dois cenários. Resultado igual foi alcançado por Elisa Carrió, que lidera um partido de centro-esquerda.


 


Kirchner ainda não anunciou se vai concorrer a um segundo mandato de quatro anos – e, quando se refere a candidaturas, deixa aberta a porta à indicação de sua mulher. Muitos líderes de oposição afirmam tratar-se de “jogo de cena” e que o próprio Kirchner será o candidato.