Nos 3 anos da chacina de Unaí, manifestantes cobram justiça
Cerca de 200 manifestantes estiveram neste domingo (28/01) em manifestação no local da Chacina de Unaí, ocorrida há três anos, em uma estrada de terra próxima ao Trevo das Sete Placas. O público exibiu faixas que pediam a rapidez do julgamento dos nove ac
Publicado 28/01/2007 19:22
No dia da chacina, morreram quatro membros da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) de Minas Gerais – os auditores fiscais João Batista Soares Lage, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, Nelson José da Silva, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira.
A esposa do motorista assassinado, Elba Soares, cobrou justiça e disse em tom emocionado que não vai parar de lutar “enquanto os envolvidos na chacina não forem condenados”.
Cinco ônibus vieram de outras cidades para o protesto – dois de Belo Horizonte, um de Paracatu (MG), um de Goiânia e um de Brasília. Depois do ato ecumênico, os manifestantes seguiram para Unaí, onde fizeram caminhada por justiça e rapidez no julgamento.
Revolta
A presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosa Maria Campos Jorge, também cobrou reação da Justiça e manifestou revolta com a impunidade no país e com a falta de segurança no trabalho dos auditores fiscais.
“Queremos julgamento já. Não importa a pena aplicada, mas que seja aplicada alguma pena. Sem segurança, os nossos auditores fiscais não conseguem trabalhar e combater o trabalho escravo na zona rural”.
A Chacina de Unaí completa três anos hoje (28). A equipe da Delegacia Regional do Trabalho foi morta quando investigava denúncias de trabalho escravo na zona rural do município. O caso ganhou repercussão nacional e internacional.
Familiares, amigos, auditores fiscais e trabalhadores cobram agilidade no julgamento dos acusados e exigem a punição dos culpados. Já se passaram mais de dois anos desde que a sentença da Justiça Federal, que decidiu levar a júri popular os acusados da chacina. De todos, somente o acusado Antério Mânica, atual prefeito de Unaí, tem direito a foro privilegiado.