Osmar Júnior: quem definiu a base do governo Wellington Dias foram as urnas

Em entrevista ao telejornal Notícias da Manhã desta segunda-feira (29) o ex-vice governador e deputado federal eleito, Osmar Júnior (PCdoB) comentou as declarações do deputado estadual eleito pelo PCdoB, Robert Rios sobre a migração de opositores para a b


Osmar Júnior foi claro ao dizer que o seu partido, o PCdoB, apóia as criticas feitas por Robert, não cogitou que algum membro do seu partido faça oposição ao governo, como ameaçou Robert, mas disse que o governo deve ser formado pelos políticos que apoiaram a candidatura e reeleição de Wellington Dias em 2006.



A adesão de opositores deixou Osmar Júnior surpreso, ele mesmo definiu o fenômeno como 'avalanche de adesões' e criticou a rapidez com que a migração vem acontecendo, antes mesmo da posse do legislativo.



“Eu já manifestei a minha opinião publicamente, para o governador e a aos demais representantes dos partidos que formam a base do governo. Quem tem a responsabilidade de governar são as forças políticas que ganharam a eleição, a não ser em casos extraordinários, que o governo precise refazer a sua coalizão para governar, para garantir a governabilidade”, comentou o comunista.



Democracia política



Osmar Júnior citou dois pontos importantes no que ele chamou de 'democracia política'. O primeiro deles é a liberdade dos partidos de fazer novas filiações e a segunda é o debate de idéias que deve acontecer entre o executivo e o legislativo.



“Eu acho que nós tivemos uma vitória muito grande, mas não justifica que não fique um deputado na oposição. Não tem o menor sentido lógico, porque o enfrentamento político aconteceu há menos de quatro meses na campanha e nas urnas e já acontece uma mudança tão brusca como essa”, argumentou.



Ao finalizar a entrevista, Osmar Júnior disse que o seu posicionamento pessoal e do seu partido é que a base do governo seja formada essencialmente por aqueles que ganharam a eleição juntamente com Wellington Dias. O comunista ressaltou também que os demais partidos tem liberdade para fazer mudanças, mas o governo não pode sofrer conseqüências com essa rotatividade de partidos que se apresenta.



“Manifestamos nosso posicionamento ao governador e ao conselho dos partidos, nós, eu pessoalmente, meu partido não nos metemos na vida de nenhum outro partido, quem quiser se guiar tem todo direito, isso faz parte da democracia. Mas a base do governo deve ser composta por aqueles que ganharam a eleição, esse é nosso ponto de vista”.



De Teresina,
Daiane Rufino