Bloco de esquerda vai definir atuação na Câmara

O bloco parlamentar formado por seis partidos – PSB, PDT, PCdoB, PAN, PMN e PHS – vai definir a linha de atuação na Câmara em reunião nesta terça-feira (6), às 11 horas,  na Liderança do PSB. A reunião pretende aprovar a manutenção do bloco. A lin

O ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e o vice-líder do bloco, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT–SP), já adiantaram que os partidos tentarão modificar projetos e medidas provisórias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


 


Ao contrário dos outros dois blocos formados na véspera da eleição para os cargos da Mesa Diretora da Câmara, o bloco formado por PSB, PDT, PCdoB, PAN, PMN e PHS reafirmará o propósito de manter a atuação conjunta no parlamento.


 


O bloco reúne 70 deputados e deve ser a terceira maior bancada da Câmara, atrás do PMDB e do PT , assim que os outros blocos forem desfeitos.


 


Bloco & blocos


 


O bloco formado pelo PSDB , PFL  e PPS, com 153 deputados, e o chamado blocão, que reúne oito partidos e 273 deputados, serão extintos assim que forem instaladas as comissões permanentes da Casa, o que deverá acontecer no final de fevereiro, após o Carnaval.


 


Assim como os cargos da Mesa Diretora, a distribuição das presidências das comissões é feita proporcionalmente ao tamanho das bancadas ou blocos partidários. Quanto maior o bloco ou partido, maior o número de presidências.


 


''Nós vamos reafirmar a manutenção do bloco'', resumiu o deputado Márcio França (PSB-SP), que será o líder do bloco pelos próximos quatro meses. Os líderes dos partidos seguirão um rodízio no comando do grupo.


 


França deixou claro que o bloco se distanciará do PT, partido que já foi muito próximo do PSB e o PCdoB. ''Temos uma força de esquerda na Casa sem o PT'', afirmou.


 


No dia seguinte à derrota na disputa pela presidência da Câmara, Aldo Rebelo deu o tom da linha do bloco, afirmando que serão propostas alterações no programa enviado por Lula ao Congresso.


 


Ele também deixou claro que o bloco significa um eixo político para se diferenciar do PT, mantendo independência do partido de Lula.


 


Afinando a viola


 


O vice-líder do bloco, que é presidente da Força Sindical, afirmou que a reunião será para ''afinar a viola''. Paulinho disse que será importante os partidos mostrarem aos aliados os princípios de cada legenda para evitar conflitos no futuro.


 


Ele afirmou também que seu partido não aceitará projetos que retirem direitos dos trabalhadores, fazendo referência à medida provisória do PAC que permite o uso do dinheiro do FGTS para investimentos em projetos de infra-estrutura. ''Se o governo não chegar a um acordo, vamos derrubar a proposta'', ameaçou.


 


Com agências