Dias apresenta ao presidente Lula alternativa para negociar dívida dos estados
Nesta sexta (09) o governador do Piauí Wellington Dias terá uma audiência com o presidente Lula para definir a situação da divida dos estados com os governadores e a regulamentação do Fundeb.
Publicado 05/02/2007 17:42 | Editado 04/03/2020 17:02
Segundo Wellington Dias, os estados mais pobres tendem a perder o equilíbrio financeiro com a implantação do Fundeb. Por exemplo, o Piauí teria um déficit de R$ 20 milhões por ano com a implantação do Fundeb se não forem tomadas algumas medidas para sua regulamentação.
O governador ainda revelou que está cobrando do presidente o repasse de R$ 200 milhões por ano para implementar as ações de infra-estrutura no Piauí, ou seja, R$ 800 milhões ao final do mandato, independente dos projetos em tramitação nos ministérios.
Segundo Wellington Dias, a meta é reestruturar o Estado para o crescimento. ''Queremos criar condições para o desenvolvimento. Para isso, temos que tomar medidas para fazer esse crescimento. Por exemplo, com a implantação do Fundeb, o estado não pode ser prejudicado e vamos sensibilizar o presidente Lula quanto a isso. Se ele regulamentar o Fundeb como está, vai desequilibrar os estados menores e o Piauí será o grande prejudicado. Vamos fazer ver isso na sexta-feira'', explicou.
Antes o presidente e o governador irão ao evento de aniversario do PT que será realizado na Bahia e em seguida se reúnem com os demais governadores. Mas Wellington Dias terá uma agenda especifica com Lula sobre o Piauí. Sobre a reunião dos governadores, ele vai tratar da situação administrativo-financeira dos estados mais pobres.
A pauta é a divida dos estados com o Tesouro Nacional. Wellington consultou a equipe técnica que apontou uma solução que não interfere na Lei de Responsabilidade Fiscal e será apresentada ao presidente.
Ele ainda quer pactuar alguns projetos considerados prioritários para o estado. Isso leva em consideração o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), os projetos em negociação com a bancada e outros projetos importantes.
''Temos vários pleitos importantes e queremos ver o limite financeiro a cada ano. Queremos R$ 200 milhões por ano para os projetos estratégicos. Isso daria R$ 800 milhões nos quatro anos, independente dos projetos normais'', pontificou o governador do Piauí.
Quanto à composição da equipe de governo do presidente, ele informou que o presidente Lula terá toda a liberdade para montar a sua equipe. ''Vamos cobrar apoio para todas as áreas'', adiantou.
Com Luciano Coelho/ Portal AZ