Chile: Justiça julga suspeitos pela morte de líder comunista

Dez ex-agentes da Dina – o antigo serviço secreto chileno – e quatro mulheres que trabalhavam nas Forças Armadas do país, durante o regime ditatorial de Pinochet, estão sendo julgados pela morte de Victor Díaz, ocorrida em 1977. Díaz foi secretário-geral

O juiz Victor Montiglio processou os ex-agentes pelos crimes de seqüestro qualificado e homicídio. Paira ainda a suspeita de que eles são co-autores de vários desaparecimentos, que incluem ainda outros dirigentes clandestinos do Partido Comunista, assassinados em 1976.


 


Os suspeitos dos crimes são André Riveros, Jorge Escobar, Orfa Saavedra, Jorge Arriagada, Carlos Muñoz, Jorge Pichulman, Celinda Aspe, Teresa Navarro, berta Jiménez e Adriana Rivas. As quatro mulheres estavam a serviço do Exército, enquanto os outros seis eram agentes da brigada Lautaro, uma facção da DINA, a extinta polícia política do ex-ditador Augusto Pinochet.


 


O jornal chileno La Nación lembrou nesta terça que, depois de sua prisão, Victor Díaz foi mantido com vida por oito meses – e finalmente foi morto por asfixia, em janeiro de 1977, enquanto a tenente do Exército e então agente da Dina, Gladys Calderón, lhe aplicou uma injeção de cianureto. Depois do assassinato, o corpo do secretário-geral foi atirado ao mar.