MST avalia avanços para a reforma agrária no governo Lula 

Por Gisele Barbieri
Embora o governo federal não tenha conseguido cumprir a meta de 400 mil famílias assentadas em quatro anos, eles consideram o número atingido como “o melhor desempenho da história em relação a áreas destinadas e número de família

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) prefere avaliar estes dados após a descrição exata dos assentamentos, como foi prometido pelo Ministério, para as próximas semanas. É o que explica a integrante da Direção Nacional do MST em Brasília (DF), Marina Santos.


 


“Nós estamos ainda aguardando que o MDA libere o mapa de quais estados foram feitos assentamentos, as principais regiões, quantas famílias, os principais latifúndios que foram desapropriados. Então na verdade nós estamos aguardando os dados completos do governo, para que possamos fazer uma avaliação real de quantas famílias foram de fato assentadas e os avanços que teve a reforma agrária neste período”.


 


Marina destaca também que as perspectivas quanto ao discurso do governo, neste início de mandato, referente à qualidade nos assentamentos e de trabalhar a visão da sociedade a favor da reforma agrária, são poucas. Ela afirma que além de não existir clareza nestas metas, há os gestos deste governo privilegiando setores do agronegócio, que contrariam este discurso.