CUT defende metas de emprego, redução dos juros e do superávit

Em reunião ampliada a direção nacional da CUT debateu na terça-feira (13) o cenário político-econômico, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e suas implicações.

Para o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, a questão prioritária da agenda da Central é o desenvolvimento com geração de trabalho e distribuição de renda. Em entrevista ao jornalista Leonardo Severo afirmou: “Não estamos discutindo apenas uma pauta dos trabalhadores, mas o próprio modelo de país que queremos. Por isso achamos importante o governo ter retomado uma estratégia que coloca no centro o Estado como indutor do desenvolvimento. Mas para potencializá-la, defendemos que é preciso reduzir os juros e o superávit”.


 


De acordo com Artur, cabe ao movimento sindical o papel de mobilizar e pressionar pela adoção de medidas no PAC que apontem para um “desenvolvimento sustentável, com inclusão social”.


 


Propostas discutidas na reunião da CUT sobre o PAC
. Fixação de metas de emprego e de diminuição do trabalho informal
. Ampliação e democratização do Conselho Monetário Nacional
. Participação dos bancos comerciais no investimento em obras de infra-estrutura
. Instauração de comissões setoriais tripartites de acompanhamento dos acordos realizados
. Inclusão de metas para as políticas sociais que contribuam para acelerar o crescimento e o emprego
. Participação das centrais sindicais no Comitê Gestor para acompanhamento e avaliação dos projetos de investimentos do PAC.


 


Defesa dos serviços públicos e dos servidores
Um dos temas que ganhou destaque em inúmeras intervenções foi a luta pela retirada do atual mecanismo de limitação das despesas com funcionalismo para cada um dos poderes da União e sua discussão na Mesa Nacional de Negociação Permanente.


 


Jornada pelo desenvolvimento
A secretária de Política Sindical da CUT nacional, Rosane Silva, e o primeiro secretário, Adeilson Ribeiro Telles, apresentaram a proposta da Jornada pelo Desenvolvimento com Distribuição de Renda, a ser discutida com o conjunto das centrais.


 


Entre os quatro pontos principais a serem debatidos na Jornada, estão a construção de um projeto para a justiça social e a soberania nacional, pelo desenvolvimento com distribuição de renda, por mais democracia e organização do Estado no Brasil e mais direitos para o povo.