Jô Moraes visita Vale do Jequitinhonha

Reconhecida como uma das regiões mais pobres do Brasil, o Vale do Jequitinhonha não é destaque apenas pelas alarmantes estatísticas sociais. Herdeiro da tradição de luta de seu povo e detentor de rica produção artística, o Vale guarda enorme potencial de desenvolvimento, que pode levar riquezas para a região e amenizar o sofrimento de seu povo.

No último fim-de-semana (10 e 11), Jô Moraes realizou atos nas cidades de Araçuaí e Itinga. Na oportunidade, conversou com lideranças locais, conheceu comunidades e demonstrou compromisso com o desenvolvimento da região. Durante as visitas, foram debatidos temas como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, saúde pública, políticas públicas para a juventude e desenvolvimento regional.

Compromisso
A presença de Jô Moraes no Vale do Jequitinhonha é um exemplo inequívoco de respeito e de compromisso com a região. Sua presença nas cidades de Itinga e de Araçuaí representa a reafirmação compromissos de lutas conjuntas. Representa um mandato à disposição para levar à região mais e melhores políticas públicas, sempre no sentido de reverter um difícil quadro social e ajudar no desenvolvimento da região.


Jô é recebida com festa em Itinga

No sábado (10), Jô Moraes foi recebida com festa na Praça da Matriz de Itinga (Vale do Jequitinhonha), local em que dezenas de pessoas a esperavam para um rápido comício. Participaram do evento a candidata a deputada estadual nas últimas eleições pelo PCdoB, Valdirene, que obteve votação majoritária na cidade, o vereador Gerson (PCdoB) e de representantes de outros partidos e lideranças populares.

Jô destacou a importância da unidade do povo para resistir às adversidades e construir um futuro melhor para a cidade. Segundo a deputada, “os políticos conservadores tentam vender lá fora a imagem de que estão preocupados com o Vale, fazem das dificuldades da região um falso marketing político, [dizem] que são eles os representantes dos anseios do povo daqui. Mas na verdade só vêm aqui em época de eleição e depois esquecem a região”.

Desenvolvimento
Ainda durante o evento, Jô falou sobre o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentado pelo Governo Federal, reforçando que tal programa deve levar em conta a necessidade de fazer com que o país se desenvolva ao passo em que promova uma elevação nas condições de vida da população, especialmente nas comunidades mais carentes. Para a deputada, os eixos de investimento ligados à infra-estrutura urbana e social – como saneamento básico, luz para todos e recursos hídricos e habitação – são  medidas fundamentais para a região.

Emoção
Ao final do ato, a jovem Michele, de apenas 9 anos, entregou flores à deputada e leu uma carta descrevendo os sonhos das crianças da região de viver um futuro melhor. A carta, em suas singelas palavras infantis, fala das utopias da vida infantil e do receio do embrutecimento da vida adulta. Para Michele, Jô Moraes representa esperança em uma política voltada para o bem comum, a esperança de que vale a pena sonhar e lutar pelos sonhos.


Jô conhece organizações de mulheres do Vale

Em Itinga, Jô Moraes se encontrou com a Associação das Mulheres Organizadas do Vale do Jequitinhonha (Amovaje), com a Associação dos Moradores e Amigos de Itinga (Amai) e com a Associação Comunitária do Bairro Porto Alegre (Acobapa). As três entidades têm, em comum, a preocupação com a difícil situação enfrentada pelas mulheres da região.

Todo ano grande parte dos homens da cidade, arrimos de família, são obrigados a deixar suas casas em busca de trabalho no corte da cana, especialmente no interior de São Paulo. Tal situação faz com que as mulheres tenham que assumir toda a responsabilidade da casa e dos filhos enquanto os maridos estão ausentes.

Vivência coletiva
Desamparadas, encontram nas associações um espaço que proporciona o aprendizado e prática de um ofício, como a produção de artesanatos, roupas, comidas e até medicamentos naturais. A participação nas associações promove ainda a vivência em um espaço coletivo para a troca de angústias, alegrias e esperanças.

Fim da viagem
Encerrando a visita ao Vale do Jequitinhonha, Jô esteve, na manhã de domingo (11), na comunidade do Pasmadinho (Itinga), onde visitou diversas casas e falou para um público atento e esperançoso por agora ter uma representação ativa e direta em Brasília. Situada a poucos quilômetros do centro de Itinga, Pasmadinho possui um forte artesanato em argila e madeira.

Entre os presentes, havia uma pessoa que, para a deputada,  sintetiza o significado daquela comunidade: o senhor Antero. Com mais de 90 anos, lavrador, negro e elegantemente em forma, senhor Antero é uma ilustração da garra do povo brasileiro.



Jô discute precariedade de hospital em Araçuaí

No sábado (10), Jô Moraes visitou Araçuaí, a 40 quilômetros de Itinga. Foi recepcionada pelo grupo de mulheres “De bem com a vida”, por uma série de representantes de entidades comunitárias, ambientais e culturais, pelo prefeito da cidade, senhor José Antônio Santana (PT), e por militantes do PCdoB, como presidente do Comitê Municipal do partido, o Chicão.

Na oportunidade, Jô conheceu o hospital da cidade. A instituição, que deveria ser uma referência regional, opera com sua capacidade esgotada. Faltam médicos, equipamentos e medicamentos e as dívidas crescem a cada mês. Araçuaí conta apenas com três equipes do Programa Saúde da Família e, quando se faz necessária uma transfusão sangüínea, é preciso recorrer aos bancos de sangue do município de Governador Valadares – a mais de 300 quilômetros da cidade.

Ação emergencial
Na quarta-feira (14), vários prefeitos da região têm um encontro marcado para discutir a situação com o Secretário Estadual de Saúde, Marcus Pestana, quando pretendem cobrar medidas. Jô Moraes propôs que seja realizada também uma discussão com o Ministério da Saúde, no sentido de propor uma ação emergencial para tirar o hospital da crise.

Outra preocupação recorrente no município é quanto à inexistência de políticas públicas para a juventude. De acordo com os participantes do encontro com a deputada Jô Moraes, a falta de vagas nas escolas, espaços de esporte, de lazer e trabalho, têm constituído um quadro em que muitos jovens são levados à dependência química e ao alcoolismo.

Por Wadson Ribeiro e Luana Bonone