México inicia contatos para reaproximação com Cuba

A ministra de Relações Exteriores do México, Patricia Espinosa, afirmou nesta terça-feira (13/2) que seu país tem mantido contatos diplomáticos para promover uma aproximação com Cuba, depois de a relação entre os dois países chegar ao seu nível mais baixo

“É da mais alta prioridade retomar o diálogo e o entendimento político, além de estabelecer uma estratégia integral de relações comerciais, promoção do turismo, cooperação e intercâmbios culturais”, disse a chanceler no Senado.



Espinosa lembrou que o governo cubano enviou um representante à posse do presidente Felipe Calderón, em dezembro de 2006. Em janeiro deste ano houve uma reunião bilateral de Autoridades Pesqueiras.



As relações entre México e Cuba se deterioraram nos últimos dois anos, depois de décadas em que o governo mexicano foi o principal aliado de Havana. Os atritos começaram no governo de Ernesto Zedillo (1994-2000) e pioraram durante o de Vicente Fox (2000-2006).



Os problemas começaram após a saída repentina de Fidel Castro da Cúpula de Monterrey, em 2002. O maior conflito, contudo, aconteceu em 2004, quando o México retirou sua embaixadora e expulsou o representante cubano, após acusar Cuba de se intrometer em seus assuntos internos. Em Genebra, o México havia votado a favor da resolução crítica das Nações Unidas sobre a situação dos direitos humanos em Cuba, em abril de 2004.



América Latina
A chanceler também destacou a importância para o México de manter as relações com a América Latina, através dos laços bilaterais e dos foros e mecanismos regionais como o Grupo do Rio, a Conferência Ibero-Americana, a Comunidade Andina de Nações e o Acordo Latino-Americano de Integração.



“Na América do Sul estão alguns de nossos interlocutores mais importantes na região”, acrescentou. Ela disse que o México destaca em todos os foros a necessidade da unidade da América Latina e do Caribe, e acompanha “com interesse” a evolução da Comunidade Sul-Americana de Nações.



A chanceler afirmou ainda que a agenda mexicana reserva também um lugar especial para Canadá e Estados Unidos, países com os quais o México mantém uma rede de vínculos comerciais, econômicos, diplomáticos e culturais, além de problemas como a segurança e o fluxo migratório.