Irã e Síria selam acordo para resistir aos EUA no Oriente Médio

O presidente da Síria, Bashar al Assad, concluiu neste domingo (18) dois dias de visita ao Irã, com um encontro com o aiatolá Ali Khamenei, transmitido pela TV, e um entendimento “face aos complôs” dos Estados Unidos. Os dois países são os principais foco

“A Síria e o Irã gozam de uma relação única na região, que será reforçada ainda mais. Irã e a Síria devem coordenar seus esforços face aos complôs dos EUA na região. As realidades na região mostram que a arrogante coalizão dirigida pelos Estados Unidos e seus aliados será a principal perdedora na região”, disse Khamenei.



Chamamento à ação no Iraque e Líbano



Assad afirmou que os EUA tentam semear a divisão entre os países muçulmanos do Oriente Médio. “Eles querem debilitar as nações muçulmanas e a resistência dos países da região face à América”, avaliou o presidente sírio. “Mas, coordenando-se plenamente e apoiando-se nos seus povos, a Síria e o Irã defenderam vigorosamente suas posições. O Irã e a Síria, graças à cooperação recíproca, resistiram e os Estados Unidos não conseguiram atingir seus objetivos”, agregou.



O aiatolá, dirigente informal da República Islâmica iraniana, convidou o chefe do regime laico do Baath sírio a uma “colaboração estreita” em apoio ao governo irtaquiano do primeiro ministro Nouri al Maliki. Instalado após eleições patrocinadas pelos ocupantes estadunidenses, o governo de Bagdá, de maioria xiita, vem escapando ao controle dos EUA para se alinhar com seus correligionários de Teherã.



Khamenei chamou também ao apoio “à vontade da nação libanesa”. No Líbano, o governo pró-EUA de Fuad Siniora, instalado em 2005, acha-se em crise desde dezembro. Uma frente de oposição que tem como principal força o partido Hezbolá, xiita, exige sua demissão e a convocação de eleições antecipadas.



Da redação, com agências