Auditoria mostra erros em dados americanos sobre terrorismo

Quase todas as estatísticas relacionadas com o terrorismo distribuídas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos desde os ataques de 11 de setembro de 2001 até o início de 2005 são erradas ou falsas, segundo auditoria do órgão divulgada na terça-fei

A consultoria, encomendada pelo inspetor geral do Departamento de Justiça, Glenn A. Fire, mostrou que os dados foram exagerados em alguns casos e minimizados em outros. Apenas dois grupos dos 26 relatórios divulgados entre 2001 e 2005 são “exatos”.


 



As estatísticas de promotores federais dos EUA também incluíram violações das leis de imigração, fraudes matrimoniais e tráfico de drogas. As relacionadas com o terrorismo continham números de suspeitos acusados e condenados, assim como ameaças a certas cidades americanas.


 



Os dados eram recolhidos pelo FBI, pela divisão criminal do Departamento e pelo escritório executivo do secretário de Justiça. Os números fornecidas pelo Departamento de Justiça são usados para medir o avanço da agência na “luta antiterrorista” e costumam ser entregues ao Congresso americano. Eles são utilizados também para elaborar o orçamento anual do Departamento.


 



Depois da divulgação da notícia, o senador democrata Charles Schumer se perguntou como o Congresso pode “confiar que o Departamento de Justiça faz o trabalho que deve” se “o próprio  não tem seus dados em ordem”.


 


Já o senador republicano Chuck Grassey disse que é necessário determinar se as inexatidões foram um erro “ou se há outro motivo por trás”.