Presidente do Metrô caiu, mas Linha 4 continua com problemas
O então presidente da Cia. do Metropolitano, Luiz Carlos Frayze David, foi exonerado, mas os problemas das obras da Linha 4 – Amarela continuam existindo. Ainda hoje a imprensa divulgou que o Consórcio Via Amarela admitiu “que usou material em desconformi
Publicado 22/02/2007 23:22
As causas da tragédia ocorrida em 12 de janeiro ainda não foram apuradas, as falhas nas soldagens da estação Fradique Coutinho ainda não foram solucionadas, os problemas de concretagem se multiplicam e a população continua vivendo insegura, com rachaduras que atravessam suas casas, ou então improvisando suas vidas em hotéis, já que suas residências foram interditadas e até demolidas.
Contudo, o Sindicato dos Metroviários de SP continuará reivindicando que toda a obra da Linha 4 seja interrompida, que representantes da sociedade científica participem da investigação encomendada ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), bem como a inclusão do corpo técnico do Metrô na fiscalização das obras, como aconteceu durante a construção das linhas 1 – Azul, 2 – Verde e 3 – Vermelha.
O Sindicato também reivindica que o ex-governador, Geraldo Alckmin, e o ex-secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, sejam intimados para explicar por que submeteram o estado de São Paulo ao Banco Mundial; por que afastaram os metroviários da fiscalização da obra; por que deixaram o consórcio Via Amarela livre para fazer o que bem entendesse e, principalmente, por que uma obra tão importante para SP chegou a este estado de abandono técnico, expresso pelas diversas denúncias que chegam a imprensa.
É inadmissível que a vida de trabalhadores e cidadãos seja colocada em risco por conta da irresponsabilidade de pessoas ambiciosas, que preferem economizar a garantir a segurança da população.
O Sindicato dos Metroviários de SP continuará defendendo uma das suas históricas bandeiras, que é a ampliação da malha metroviária da cidade, com Metrô público, estatal e de qualidade.