Carta da Argentina ao Uruguai reacende conflito bilateral

A Argentina pediu nesta quinta-feira (22/2) ao Uruguai que não faça confusões envolvendo a atual disputa entre os dois países, que Buenos Aires lembrou ter como origem a violação de um tratado, e não o bloqueio realizado na fronteira por ambientalistas co

Manifestantes da cidade argentina de Gualeguaychú mantêm paralisada a passagem fronteiriça para o Uruguai, em protesto contra a construção da fábrica na margem do rio Uruguai, que eles temem que seja poluído.



“De maneira reiterada, a Argentina pediu que o Uruguai se abstenha de confundir o verdadeiro objeto da controvérsia que mantêm nossos países: a violação continuada por esse país de um tratado bilateral”, diz uma carta escrita pelo governo Argentina e enviada na quinta-feira ao Uruguai.



O governo de Tabaré Vázquez afirma que esse bloqueio impede as negociações em torno da disputa ambiental, e reclamou ao seu colega Néstor Kirchner que obrigue à liberação das pontes e estradas antes da retomada de qualquer conversação.



Haia
O Uruguai levou à Corte Internacional de Haia sua queixa pela liberação dos acessos, que provoca graves danos à sua economia. O tribunal rejeitou o pedido.



A Argentina afirma que Montevidéu autorizou unilateralmente a instalação de duas fábricas de celulose na margem do rio Uruguai, e com isso violou um tratado de 1975 que obriga consultas entre ambos os países em temas que digam respeito ao rio.



O Uruguai e a empresa finlandesa Botnia afirmam que a fábrica de papel e celulose, que representa um investimento de 1,1 bilhão de dólares, não poluirá o rio, já que usará tecnologia avançada.