Meirelles vai ao Senado defender política econômica

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, participa, nesta terça-feira (27), de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, para fazer uma retrospectiva do desempenho econômico do País em 2006. Acompanhado de se

A exposição de Meirelles e sua diretoria, no momento de discussão sobre reforma ministerial e sua permanência na equipe econômica do governo, gera grande expectativa.


 


Nos bastidores, interlocutores do presidente Lula asseguram que ele manterá Meirelles e reforçará a autonomia técnica do Banco Central. Por outro lado, também estão autorizados comentários de que ''há um sentimento generalizado no governo'' de que o BC irá reduzir em 0,50 ponto porcentual a taxa Selic, na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 6 e 7 de março.


 


No entanto, enquanto Meirelles não é oficialmente confirmado no cargo, nada muda. Segundo analistas econômicos, se essa confirmação não acontecer antes da próxima reunião do Copom, a nova taxa Selic será definida pela mesma diretoria que, por 5 votos a 3, decidiu desacelerar a redução da Selic na reunião de janeiro passado.


 


Se confirmado no cargo, a expectativa é de que Meirelles convidará todos os diretores a permanecerem nas suas funções atuais. Os que não quiserem continuar definirão o momento de sair, de acordo com o tempo necessário à escolha de novos nomes. A presidência do BC já tem engatilhado alternativas para a diretoria.



 
Os debates na audiência pública devem considerar o patamar das taxas de juros, levando-se em consideração que a projeção para taxa de inflação está abaixo da meta de 4,5%, e sobre o custo fiscal do acúmulo de reservas cambiais, principalmente nas últimas semanas. O país está prestes a atingir o patamar de mais de US$100 bilhões em reservas cambiais e o custo de manter reservas tão elevadas divide opiniões.


 


Com agências