China constrói reator de fusão termonuclear

A construção do reator de fusão termonuclear chinês Oriente acabou de ser concluída, e com isso o país asiático antecipa-se ao projeto internacional Iter, anunciou nesta quinta-feira (1.°/3) a Academia de Ciências da China, citada pela agência Xinhua.

“O Tokamak Supercondutor Experimental Avançado (Cuja sigla East, em inglês, significa Oriente) obteve a comprovação estadual dos resultados dos testes, o uso de recursos, o gerenciamento operacional e a autenticidade dos dados”, afirmou um comitê especial da academia.


 


No início de fevereiro, o reator chinês conseguiu gerar uma corrente elétrica de 250 quiloamperes em cinco segundos, em uma experiência realizada pelo Instituto de Física de Plasma na província de Anhui, no centro da China.


 


O Oriente é uma versão menor do Iter (Reator Experimental Termonuclear Internacional), cuja construção foi aprovada em novembro, após anos de negociações, pelas sete partes envolvidas no projeto: a União Européia (UE), os Estados Unidos, a Índia, o Japão, a Coréia do Sul, a Rússia e a China.


 


Segundo a agência de notícias chinesa, o Oriente pode ser construído mais rapidamente e é mais barato. Precisamente, o seu custo foi de US$ 25 milhões, frente aos mais de US$ 6 bilhões que estão sendo investidos no Iter, e sua construção durou oito anos, comparado aos 10 que são estimados para a conclusão do projeto internacional.


 


Os cientistas acreditam que a fusão nuclear, processo semelhante ao que ocorre no Sol, poderia ajudar a resolver a grande necessidade por energia de um planeta cujas fontes energéticas estão se esgotando cada vez mais. Isso porque este processo produz grandes quantidades de energia sem emitir resíduos radioativos de longa duração ou gases poluentes.