DF se une aos manifestantes do País contra visita de Bush ao Brasil

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e as organizações de mulheres também atenderam ao chamamento da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e fizeram manifestação na quinta-feira (8), aproveitando as comemorações do Dia da Mulher.

''Terrorista do mundo'', ''Senhor da Morte'' , ''Persona Non Grata'' faz parte da farta adjetivação que os manifestantes usam contra o presidente estadunidense. E, para justificar esse sentimento anti-americano, eles destacam o nível de belicosidade do governo dos Estados Unidos, que  possui seis mil ogivas nucleares, meio milhão de soldados americanos e 725 bases militares fora do território dos Estados Unidos – em 38 países.

A nota, distribuída pelos manifestantes durante a caminhada entre o Museu Honestino Guimarães, na Esplanada dos Ministérios, até a embaixada, destaca que essa estratégia de segurança nacional lançada pela Casa Branca serve ''para amedrontar o mundo e seus próprios cidadãos'', e fará com que a administração de Bush entre para a história como a mais agressiva.

Avaliação positiva

O grande número de policiais que protegiam o prédio da embaixada não intimidou os manifestantes. Apesar de em pequeno número, o grupo gritou palavras de ordem, ao final de discursos inflamados, e queimou a bandeira dos Estados Unidos.

Leandro Cerqueira, da UNE, diz que houve problema para articular um movimento unificado, mas avaliou as manifestações como positivas. ''As manifestações cumpriram seu papel de trazer o recado de que o facínora Bush que não é bem vindo em nossa pátria''.

O dirigente da UBES, Felipe Lima, contou que a entidade consegui ampliar a participação para outros pontos do Distrito federal, além do Plano Piloto, e que houve debate sobre o governo de George Bush nas salas de aula, o que permitiu uma manifestação bem politizada.

De Brasília
Márcia Xavier