Militantes de Guarulhos debatem Conferência sobre a Questão da Mulher

Neste processo de debate foram propostas para mesa de sistematização emendas aditivas sobre o documento-base e foram nomeados 30 delegados –  24 mulheres e seis homens – além de seis suplentes que estarão presentes na Conferência Estadual no dia 17 de março, no Sindicato dos Eletricitários de São Paulo. Participaram da mesa Edna Rolland, da coordenadoria da Mulher e Igualdade Racial; Daniela Auad, do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP); Isis Nunes, da União Brasileira de Mulheres (UBM) e o grupo São Bento Me Chama (Mestre Talismã), que abriu os trabalhos com uma apresentação de roda de capoeira e dança do coco.

Na abertura do evento, a presidente do comitê municipal  de Guarulhos, Luiza Cordeiro,  discorreu sobre os desafios que a mulher precisa enfrentar nessa nova etapa de lutas. Além da questão da emancipação, é preciso que as mulheres tenham acesso às informações sobre os seus direitos, que ocupem os novos espaços no mercado de trabalho e que participem mais dos debates centrados na mulher e que atuem nas instâncias partidárias.

A questão  da desigualdade de gênero, disse Luiza,  “é histórica, social e vem crescendo para o campo político. Precisamos ir à raiz do problema para mudar o quadro em que se encontra a mulher brasileira, que no sofreu com o preconceito e com a discriminação. Ainda hoje, isso perdura em certa escala”.

Edna Rolland, por sua vez, fez um relato sobre o trabalho que é desenvolvido pela prefeitura em relação às mulheres. Ela apresentou dados do último censo e destacou que a maioria da população guarulhense é do gênero feminino. Portanto, é imprescindível que haja mais políticas públicas na cidade de assistência à mulher, que continua carente em suas reais necessidades. “A missão da Coordenadoria em Guarulhos é formular, propor e articular políticas de promoção de igualdade de gênero e raça” concluiu.

Discorrendo sobre a questão da mulher no Brasil,  a professora Daniela Auad disse que as desigualdades estão escancaradas dentro da nossa sociedade e que é preciso educar as novas gerações para lidar com os desmandos contra a mulher. “A opressão ainda é brutal, é preciso ter uma nova mentalidade acerca do desafio maior e se organizar para adquirir direitos fundamentais para o bem estar da mulher”, disse.