Castro Alves e Glauber Rocha recebem homenagens
Em 14 de março de 1847 nascia o grande poeta Castro Alves, na Fazenda Cabaceiras, Recôncavo Baiano. No mesmo dia 14 de março, dessa vez em 1938, outro admirado baiano nascia no município de Vitória da Conquista, o cineasta Glauber Rocha. Poeta r
Publicado 14/03/2007 20:40 | Editado 04/03/2020 16:21
Castro Alves apesar de ter nascido em família abastada, defendia ideais abolicionistas e ficou conhecido como o Poeta dos Escravos. A escravidão, aliás, é o tema de um dos seus mais famosos poemas, o belíssimo “O Navio Negreiro – Tragédia no Mar”, concluído em 1868.
O poeta morreu aos 24 anos, no dia 6 de julho de 1871. As homenagens pelos 160 anos de nascimento neste 14/3 foram realizadas nos municípios de Cabaceiras do Paraguaçu e Castro Alves,onde ele viveu, além de Salvador.
Na capital baiana foram várias as homenagens ao Poeta dos Escravos no também Dia Nacional da Poesia. Além de uma sessão especial na Câmara Municipal, ocorreu uma Passeata Poética que partiu do largo do Campo Grande até a Praça Castro Alves, além de iniciativas dos grupos Casa Poesia Bahia Brasil e da Associação Poetas na Praça. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura que tem à frente Ney Campello (PCdoB), no recém instituído Ano Municipal da Leitura, homenageou o poeta com a leitura pública por estudantes e professores das poesias de Castro Alves.
Quanto à Glauber, ele escreveu e pensou cinema. Queria uma arte engajada ao pensamento e pregava uma nova estética, uma revisão crítica da realidade. Inaugurou o movimento Cinema Novo, que revolucionou a linguagem do filme brasileiro nos anos de 1960 e entrou para a história do cinema mundial. Em 1971, com a radicalização da ditadura militar no Brasil, Glauber partiu para o exílio e não retornou completamente. No ano de sua morte morava em Portugal. O cineasta teve vários dos seus filmes premiados no Brasil e em outuros países, a exemplo de Terra em Transe e de Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, premiados no Festival de Cannes e na Espanha. Glauber homenageou o artista plástico Di Cavalcanti, quando da sua morte em 1976, falando de arte e política, por cima de uma colagem de imagens sob o título Di-Glauber. O cineasta morreu no Rio de Janeiro aos 43 anos, no dia 22 de agosto de 1981e foi velado no Parque Lage, cenário de Terra em Transe.
O portal Vermelho presta a sua homenagem pelos 69 anos de nascimento do cineasta Glauber Rocha e aos 160 anos de nascimento de Castro Alves.