Embaixador chinês prevê futuro promissor na relação com Cuba

O embaixador chinês e Cuba, Zhao Rongxian, entende que a relação comercial entre os dois países é atualmente muito boa e prevê um futuro ainda mais promissor para ambos.

Em entrevista à revista cubana Opções, Rongxian destacou o papel exercido por Cuba na América Latina. Confira abaixo trechos da reportagem:



Como o senhor avalia as relações comerciais entre nossos países?
Eu as definiria como muito boas e sobretudo em constante aumento. No ano passado o comércio bilateral foi de US$ 1,8 bilhão, o que equivale ao dobro de 2005. Portanto, o crescimento foi muito significativo. São muitos os produtos chineses que chegam à Cuba e vice-versa. Em todo lugar podem ser vistos aqui em Cuba mercadorias procedentes de nosso país.



Em quais esferas se desenvolvem esse intercâmbio?
Posso lhe dizer categoricamente que todas as esferas, desde equipamentos domésticos, passando pela saúde, educação, agricultura e até mesmo setores como transportes. A prova disso é que se podem ver por todo esse arquipélago refrigeradores, televisões, ônibus e materiais de toda espécie procedentes de meu paí.



E quais produtos importam de Cuba?
Fundamentalmente níquel, açúcar, produtos médicos e de biotecnologia. Além disso, se desenvolvem também estreitas relações em setores como a educação, a cultura, a saúde pública e outros assuntos multilaterais. Na educação, por exemplo, muitos jovens chineses estão estudando em Cuba, enquanto que rapazes da Ilha fazem o mesmo em nosso país.



Existem intercâmbios no setor turístico?
Como a amizade e o entendimento entre os dois países a cada dia é mais profundo, cada vez mais viajam a Cuba muitos homens de negócios e turistas. Estamos convencidos de que o excursionista chinês vira em grandes massas para este belo país. Neste momento já ultrapassamos a marca de dez mil turistas.



E quais as cifras para o futuro?
China conta com 1,3 bilhão de habitantes e, se viessem um em cada mil, seria uma cifra enorme. Com o desenvolvimento do país e de seu nível de vida, mais pessoas saem da China como turistas. Esperamos que as quantidades aumentem não só para Cuba, mas para outras nações da América Latina.



Quais são as perspectivas dessas relações?
São excelentes. Somos dois países socialistas, temos muitas coincidências e magníficas relações de cooperação em todos os campos. Mais adiante, como o conhecimento e o esforço comum estaremos em condições de aumentar ainda mais essa cooperação e, por isso mesmo, o futuro que vejo pela frente é esplêndido.



Como o senhor vê o atual desenvolvimento da China?
É relevante. O governo dividiu em duas fases o desenvolvimento. O primeiro ocorreu de 1980 até 2000 e o segundo, que atualmente está em processo, envolve de 2001 até 2020. Nesse período vamos construir uma sociedade medianamente acomodada, com uma renda per capita de US$ 3.000 anuais. Outra perspectiva diz respeito ao PIB do país. Nossa meta é duplicar em 2010 o resultado que obtivemos em 2000 – e em 2020 duplicar aquilo que conseguirmos em 2010, para que em 2050 a China seja um país medianamente desenvolvido.