Kirchner desafia FMI: “Tchau, não nos dê mais prejuízo”

O presidente Néstor Kirchner criticou nesta sexta-feira (16) o Fundo Monetário Internacional (FMI), pedindo à entidade que “não cause mais danos” à Argentina. O discurso, em tom eleitoral, foi feito durante a inauguração de obras públicas na localidade de

“O fundo já é história, porque lhe dissemos tchau! 'Tchau, não nos dê mais prejuízo, não pode mais!'”, lançou o presidente, a trabalhadores e moradores da cidade. A declaração responde às pressões do FMI para que a Argentina volte a tratar um acordo com a entidade.


 


De acordo com o fundo, esse acordo seria condição para renegociar a dívida de US$ 6,5 bilhões que a Argentina tem com o Clube de Paris, integrado por nações européias, Estados Unidos e Japão. “Ainda tem gente que sonha com os enviados do FMI que vinham puxar a orelha da Argentina”, ironizou Kirchner.


 


O governo argentino cancelou antecipadamente, em janeiro de 2006, a dívida de US$ 9,5 bilhões que tinha com o fundo. Assim, a Argentina pôs fim às missões da entidade para revisar e controlar a política econômica do país, que duraram décadas. O governo de Kirchner é contra o requisito imposto por alguns membros do Clube de Paris, de assinar antes do acerto um novo acordo com o FMI.