CUT-SP rejeita proposta de “reajuste” de secretário de Estado
A CUT-SP (Central Única dos Trabalhadores) e sindicatos de servidores públicos paulistas filiados apresentam-se contrários à proposta do secretário de Estado, Sidney Beraldo , de implementar plano de reajuste do funcionalismo baseado na avaliação de desem
Publicado 20/03/2007 18:36 | Editado 04/03/2020 17:19
A proposta desrespeita o plano de carreira das categorias já constituídas, choca-se com os direitos de isonomia dos servidores aposentados, gera disputa entre funcionários e unidades e cria mais uma gratificação baseada em desempenho.
Não há problema em avaliar o servidor desde que avaliações sejam realizadas pela comunidade. Sistemas de avaliação devem orientar a gestão pública para propiciar a melhoria dos serviços. Dessa forma, avaliação não deve punir o trabalhador.
As entidades ressaltam também que as atuais gratificações oferecidas aos servidores da educação, por exemplo, não foram revertidas em melhoria da prestação do serviço público. Com a proposta, o governo estadual transfere ao funcionário a responsabilidade de prestar serviço de qualidade, mas, na verdade, a qualidade deveria ser garantida pelo gestor público por meio de mais investimentos e valorização profissional.
A CUT-SP e as demais entidades, por fim, ressaltam que se colocam abertas à negociação com o governo estadual. Nesse sentido, a CUT-SP reforça a urgência de programar a mesa permanente de negociação com as entidades do funcionalismo para que haja transparência na condução das negociações dos reajustes salariais em data-base fixada a partir de 1º de março.
A CUT-SP e as entidades não aceitarão substituição de um reajuste salarial que se faz emergencial por uma política de gratificação que destrói os planos de carreira.
Edilson de Paula, presidente da CUT-SP