PT, PCdoB e CUT vão protestar contra PSDB em SP

O primeiro ano da gestão Gilberto Kassab (PFL) à frente da Prefeitura de São Paulo e os primeiros três meses da administração do governador José Serra (PSDB), no próximo dia 30, serão marcados com protestos em São Paulo, promovidos pelos diretórios do PT

Os organizadores dos protestos esperam reunir 5 mil pessoas às 15h em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, e em seguida, às 17h, na Praça do Patriarca, vizinha ao viaduto.


Parte dos manifestantes vai se concentrar no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e em frente ao Hospital das Clínicas, na Zona Oeste, antes de chegar à Praça Patriarca, distante aproximadamente dois quilômetros.


A manifestação ganha força por causa da insatisfação dos sindicalistas contra o mecanismo de reajuste dos servidores por merecimento criado pelo governador José Serra. Entre as entidades envolvidas estão a Apeoesp e o Sindsaúde, que representam os funcionários da educação e da saúde paulistas, respectivamente.


O presidente do diretório municipal do PT, vereador Paulo Fiorilo, afirma que será um grande ato em conjunto com a CUT e com os movimentos sociais. No caso da prefeitura, o protesto é “contra a redução das políticas sociais e contra a falta de diálogo com setores organizados da população”. Em relação ao governo do estado, Fiorilo critica o acidente na Linha 4 (Amarela) do Metrô em janeiro, que deixou sete mortos, e a “política de privatização e falta de transparência” por parte da companhia paulista.


 


Os protestos ganham força por causa da reação dos sindicatos de funcionários públicos estaduais contra a idéia do governador Serra de atrelar o reajuste salarial ao desempenho pessoal de cada servidor, de acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo, Edilson de Paula.


 


“Queremos colocar para a sociedade como o governo negocia com o servidor”, disse ele, que reivindica mais espaço para os sindicatos na discussão salarial. De acordo com Paula, o lançamento do novo programa de remuneração no mesmo período em que os servidores preparam-se para negociar salários é uma manobra.


 


“O governo Kassab regrediu porque não há espaço para fazer cobranças para atendimento às demandas sociais”, afirma o secretário de comunicação do PCdoB, Rodrigo Carvalho.