PT, PCdoB e CUT vão protestar contra PSDB em SP
O primeiro ano da gestão Gilberto Kassab (PFL) à frente da Prefeitura de São Paulo e os primeiros três meses da administração do governador José Serra (PSDB), no próximo dia 30, serão marcados com protestos em São Paulo, promovidos pelos diretórios do PT
Publicado 23/03/2007 00:22
Os organizadores dos protestos esperam reunir 5 mil pessoas às 15h em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, e em seguida, às 17h, na Praça do Patriarca, vizinha ao viaduto.
Parte dos manifestantes vai se concentrar no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e em frente ao Hospital das Clínicas, na Zona Oeste, antes de chegar à Praça Patriarca, distante aproximadamente dois quilômetros.
A manifestação ganha força por causa da insatisfação dos sindicalistas contra o mecanismo de reajuste dos servidores por merecimento criado pelo governador José Serra. Entre as entidades envolvidas estão a Apeoesp e o Sindsaúde, que representam os funcionários da educação e da saúde paulistas, respectivamente.
O presidente do diretório municipal do PT, vereador Paulo Fiorilo, afirma que será um grande ato em conjunto com a CUT e com os movimentos sociais. No caso da prefeitura, o protesto é “contra a redução das políticas sociais e contra a falta de diálogo com setores organizados da população”. Em relação ao governo do estado, Fiorilo critica o acidente na Linha 4 (Amarela) do Metrô em janeiro, que deixou sete mortos, e a “política de privatização e falta de transparência” por parte da companhia paulista.
Os protestos ganham força por causa da reação dos sindicatos de funcionários públicos estaduais contra a idéia do governador Serra de atrelar o reajuste salarial ao desempenho pessoal de cada servidor, de acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo, Edilson de Paula.
“Queremos colocar para a sociedade como o governo negocia com o servidor”, disse ele, que reivindica mais espaço para os sindicatos na discussão salarial. De acordo com Paula, o lançamento do novo programa de remuneração no mesmo período em que os servidores preparam-se para negociar salários é uma manobra.
“O governo Kassab regrediu porque não há espaço para fazer cobranças para atendimento às demandas sociais”, afirma o secretário de comunicação do PCdoB, Rodrigo Carvalho.