Negociações do piso regional estão emperradas

A direção regional da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) saiu descontente ontem do Palácio Piratini, onde participou de reunião com o chefe de gabinete da Casa Civil, Almeri Reginatto, e empresários. Segundo o presidente da CUT-RS, Celso Woyciech

O governo estadual afirma enfrentar dificuldades financeiras e diz que o reajuste em sua integralidade seria inviável. A direção da CUT-RS garante que está disposta a dialogar. A previsão é de que haja outro encontro na próxima semana. O novo piso regional precisa ser votado pelos deputados estaduais na Assembléia Legislativa até o final de abril. Enquanto o salário mínimo nacional é de R$ 350,00 hoje, a menor faixa das quatro que formam o regional está em R$ 405,95.


 


Integrada em sua grande maioria por micros e pequenas empresas, a categoria econômica de hotéis, bares e restaurantes da Capital participou do encontro e está preocupada com a possibilidade de reajuste do piso regional, defendido pelas centrais sindicais. Para o presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa), Daniel Antoniolli, qualquer alteração no valor trará possibilidade de fechamento de empresas, redução de postos de trabalho e aumento de preços. 'O reajuste dos salários é sempre desejável, porém em um quadro de crescimento econômico', afirmou Antoniolli, que considera 'absurda' a manutenção de um mínimo regional se já existe o nacional. Ele lembrou que a capacidade de contratar mão-de-obra vem sendo abalada com aumentos que não consideram a realidade do setor. Segundo ele, a categoria ainda está se adequando à reposição de 25% ocorrida em 2006. Para Milton Chies, da Associação dos Restaurantes do Centro de Porto Alegre, qualquer reajuste agora representará desemprego.


 


Com agências