São Francisco: 14 entidades fazem ato contra transposição

Na sexta-feira à tarde, as entidades realizaram a primeira reunião para discutir os encaminhamentos do ato público. O presidente da OAB-SE, Henri Clay Andrade, observou que a população do estado tem consciência dos prejuízos que a obra trará para a sociedade, em especial àqueles que dependem do São Francisco para a sobrevivência. “Em Sergipe, há a consciência política e a concepção de que a obra é maléfica aos interesses do estado”, comenta Andrade.

Entre os participantes, o sentimento é de articular uma política de atuação permanente, envolvendo todas as comunidades sergipanas, em ações contra o projeto de transposição. “Esta reunião é de suma importância para que os movimentos sociais de Sergipe — que sempre estiveram à frente da luta em defesa do São Francisco — possam se rearticular no sentido de desenvolver ações para barrar este projeto de transposição”, observa o presidente da CUT-SE, Antonio Góis.

Os estudantes também se engajaram na mobilização. “Em primeiro lugar, gostaria de ressaltar o tratamento desta gestão da OAB/SE, que vem respeitando os movimento sociais”, ressaltou o estudante Maurício Soares, vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Tiradentes.

“Quanto ao projeto de transposição, os estudantes não podem ficar em cima do muro. O DCE só é um canal para organizar, mas os estudantes são contra o projeto por entender que a transposição das águas do São Francisco só trará coisas ruins para o estado”, acrescentou Mauricio. “Entendemos que qualquer dinheiro deve ser investido na revitalização, e os estudantes estão à disposição da OAB/SE neste movimento.”

O secretário executivo do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, Luiz Carlos Fontes, observa que a iniciativa da OAB/SE em promover um ato público para dizer “não” ao projeto de transposição traduz a “reafirmação do nosso repúdio à imposição do projeto de transposição”.

Fontes observa que, a partir deste momento, a sociedade começa a construir um movimento que reflete “a indignação de Sergipe com relação à condução deste projeto que impõe sérias conseqüências ao futuro do rio”.

Da Redação, com informações da TV Cidade