Equador: Pesquisa indica que maioria quer nova Constituição

De acordo com a pesquisa, apenas 20% da população não quer que o Equador tenha uma nova Constituição. Outros 17% se mostraram indecisos ou propensos a anular o voto.

A pesquisa do Cedatos tem margem de erro de 5% e também indica um fator preocupante:  apenas 35% dos equatorianos têm pleno conhecimento do conteúdo da consulta popular, frente a 65% que ainda têm dúvidas a respeito do assunto.

Novos tempos
O presidente do Equador, Rafael Correa, convocou uma consulta popular para que a população lhe permita criar uma Assembléia Constituinte de plenos poderes, que elabore uma nova Carta Magna.

A consulta de 15 de abril terá apenas uma pergunta: “Você aprova a convocação e a instalação de uma Assembléia Constituinte com plenos poderes, em conformidade com o Estatuto Eleitoral, para que a entidade transforme o marco institucional do Estado e elabore uma nova Constituição?”.

Prevendo possíveis impugnações e demora na apuração, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do país divulgará o resultado oficial da consulta uma semana depois do plebiscito, em 24 de abril, apesar de no próprio dia da votação já ser possível conhecer dados preliminares totais não oficiais.

A iniciativa de Correa gerou uma grave crise no país, que resultou no afastamento de 57 deputados da oposição. Eles foram destituídos por tentarem interferir, de modo ilegal, no processo que culminou com a aprovação da consulta popular deste domingo.

Após semanas de paralisação, somente nesta terça-feira (10) o Congresso equatoriano iria retomar suas atividades.