Light promove demissões em massa

Nas últimas semanas, a Light – empresa de luz que cobre a cidade do Rio e Grande Rio – intensificou as demissões. Cerca de 50 trabalhadores foram demitidos sem maiores explicações. Os sindicatos do setor já começaram as mobilizações para barrar as disp

Na semana passada, sete trabalhadores da gerência foram dispensados. No dia 11, enquanto o Senge (Sindicato dos Engenheiros) e o Sintergia (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Energia) cobravam explicações, 44 trabalhadores do almoxarifado perderam os postos de trabalho.



Segundo as entidades, esse processo de demissões rompe com o diálogo entre a Light e os sindicatos, que negociavam a transição dos trabalhadores do almoxarifado para uma empresa terceirizada. As demissões aconteceram justamente um dia após a assembléia que abriu a Campanha Salarial de 2007 e que aprovou a pauta de reivindicações unificada.



O Senge está tentando criar uma frente parlamentar para auxiliar a retomada das negociações.



A Light foi privatizada durante o governador tucano Marcelo Alencar, quando 7 mil trabalhadores foram demitidos.



Moção de apoio



No dia 12, o vereador do PCdoB/Rio, Roberto Monteiro, apresentou na Câmara Municipal uma moção de apoio aos trabalhadores demitidos, onde diz que “a verdade é que a Light, desde que foi privatizada, sofre um grave processo de desmonte, com demissões e terceirização”. Veja abaixo a íntegra da moção.



Requeiro à Mesa Diretora, na forma do Regimento Interno, a inserção nos Anais desta Casa de Leis, da Moção de solidariedade aos 44 trabalhadores da Light, demitidos do almoxarifado central da unidade de Triagem, setor responsável pelo fornecimento de equipamentos para empreiteiras e pela manutenção do sistema de distribuição.



No dia 11 de abril, quarta-feira, a Light anunciou as demissões. Chama atenção que 54% dos demitidos tem mais de 50 anos, o que dificulta em muito a reinserção no mercado de trabalho. Além disso, 57% está há, no máximo, sete anos da aposentadoria.



Não se justifica a demissão sob nenhum ponto de vista. Mesmo a economia com o pagamento de salários é mesquinha já que 85% dos demitidos ganham menos do que o salário médio da Light (R$ 2.400,00). 



A verdade é que a Light, desde que foi privatizada, sofre um grave processo de desmonte, com demissões e terceirização. Os trabalhadores reagem e, desde o dia 11 ocuparam a unidade. A Câmara de Vereadores está ao lado dos trabalhadores da Light e conclama a empresa a negociar com seus empregados uma saída para o impasse.