Edmilson vê com cautela uso das Forças Armadas no combate à violência
O pedido de cooperação do governador Sérgio Cabral para o combate à violência no Rio de Janeiro foi aceito pelo presidente Lula, no dia 12, assunto que tem dividido opiniões entre os deputados fluminenses. O deputado federal Edmilson Valentim (PCdoB/RJ
Publicado 16/04/2007 20:19 | Editado 04/03/2020 17:06
Para Edmilson, é positiva ''a sinergia entre Governo do Estado e Governo Federal na busca por uma solução. Sem essa sinergia, qualquer plano de segurança estará condenado ao fracasso. Embora o papel da segurança constitucionalmente seja dos estados, a globalização do crime exige hoje o intercâmbio de todas as forças de segurança na ação de combate ao crime'', diz.
Entretanto, Edmilson alerta para o uso de tropas militares na segurança pública. ''A presença militar nas ruas do Rio pode até produzir uma sensação de segurança, na medida em que inibe atos de criminalidade em pontos específicos, mas isso não garante uma política de segurança eficiente e duradoura, que mine a capacidade de organização do crime e suas fontes de renda''.
O parlamentar apresenta como receita de sucesso na redução da criminalidade e dos índices de violência no Rio de Janeiro duas premissas básicas: planejamento e investimento público. ''Fora isso, estaremos sempre a mercê de soluções paliativas, de pouco resultado e que servem apenas para produzir notícias'', enfatiza.
Ajuda por um ano
O governo do Rio pediu ajuda das Forças Armadas por um ano. Cabral afirma que com os recursos que têm disponíveis não tem conseguido combater a violência nem impedir o avanço da criminalidade.
No dia 16, o governador do Rio recebeu os ministros Waldir Pires (Defesa) e Tarso Genro (Justiça) para acertar a vinda das Forças Armadas. A reunião demorou pouco mais de uma hora. O governo federal se comprometeu em responder o pedido em até 15 dias. Entretanto, ao final do encontro, Genro informou que nos próximos 10 dias serão enviados para o estado mais 400 homens da Força Nacional de Segurança.