Frente Parlamentar pró-transposição reage ao adiamento das obras

Diante das declarações do Ministro Geddel Lima de que as obras só terei início de final de 2007, os defensores do Projeto São Francisco decidiram pedir audiência ao Presidente da República e à Ministra da Casa Civil.

O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, informou que as obras de transposição do rio São Francisco ainda dependem da abertura de procedimentos licitatórios e, por isso, a previsão é que comecem somente no fim deste ano ou no início de 2008. Em audiência sobre as ações do ministério, Geddel disse que apenas a primeira etapa das obras, que inclui a participação do Exército, permite a dispensa de licitação.


 


A explicação do ministro sobre o prazo de início das obras foi uma resposta ao deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB), que reclamou da demora do governo. “Estou horrorizado. Não conseguimos entender por que o projeto só pode começar no fim do ano, já que as questões jurídicas, ambientais e orçamentárias estão resolvidas”, disse o parlamentar.


 



Em reação a declarações do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, dando conta de que as obras do Projeto São Francisco só serão iniciadas no final de 2007, a Frente Parlamentar Pró-transposição decidiu esta quarta-feira solicitar audiências com a Presidência da República, a Casa Civil e o próprio Ministério da Integração. A informação é do deputado federal Chico Lopes, integrante da frente que luta por agilidade nos trabalhos da integração do Rio São Francisco, projeto que tem potencial de beneficiar até 16 milhões de pessoas, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.


 


“Não entendemos essa comunicação do ministro Geddel Vieira Lima, afirmando que as obras só devem começar no fim do ano, se o início estava previsto agora para maio, de acordo com o próprio Ministério da Integração, na gestão anterior”, afirma Chico Lopes. “O ministro argumentou que o atraso se deveria a problemas de licitação. Mas estranhamos essa informação, uma vez que o ministro anterior, Pedro Britto, havia deixado tudo pronto para o início efetivo das obras, com editais lançados ainda em fevereiro. Queremos esclarecer por que essa demora e, se possível, evitar esse atraso de mais seis meses pra que um projeto tão esperado saia do papel”, complementa Lopes.


 


De Fortaleza, Dalwton Moura