Evo e petrolíferas protocolam 44 novos contratos na Bolívia

Exatamente um ano e um dia após o decreto baixado pelo presidente boliviano Evo Morales – que nacionalizou as reservas de petróleo e gás natural do país – a Petrobras e outras 11 petrolíferas protocolaram nesta quarta-feira (2) 44 novos contratos com a Bo

Segundo a Agencia Boliviana de Información (ABI, a agência oficial do governo boliviano), após a assinatura dos contratos, ocorrida na sede da Prefeitura de La Paz, os documentos foram entregues a Evo, que garantiu segurança jurídica a todas as empresas, desde que elas cumpram a legislação do país. Participaram da cerimônia representantes das 12 empresas que atuam no país – Petrobras e Repsol YPF, entre outras – e o presidente da YPFB, Guillermo Aruquipa.



A assinatura ocorre seis meses após os contratos originais terem sido firmados entre o governo boliviano e as petrolíferas, em 28 de outubro de 2006. Os documentos foram protocolados somente agora porque dependiam da aprovação do Congresso boliviano. À época, o presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, garantiu que a estatal brasileira não teria prejuízos, pois o contrato garantia à companhia uma rentabilidade média de 15% ao longo dos próximos 30 anos.



Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, na terça-feira, em Houston, nos Estados Unidos, Gabrielli voltou a afirmar que o acordo permite rentabilidade de longo prazo à companhia, já que o presidente Evo Morales apenas oficializou os contratos assinados no ano passado.



A assessoria informou também que a Petrobras mantém a negociação com representantes do governo boliviano para definir as condições da atividade de refino no país. O acordo fixará o preço que a Bolívia pagará pelas duas refinarias que a estatal mantém no país.



Consumo recorde
O consumo de gás natural no país bateu recorde no ano passado, atingindo média diária de 41,79 milhões de metros cúbicos, um aumento de 4,3% frente a 2005.



De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), a maior expansão média de crescimento se deu entre os consumidores de gás natural veicular, o chamado GNV. No ano passado, o consumo atingiu a média diária de 6,3 milhões de metros cúbicos, volume 19,4% superior ao de 2005.



Na contramão da expansão do GNV, o consumo do gás voltado para a energia elétrica caiu 11% em 2006 frente ao ano anterior. Atingiu, assim, a média diária de 7,8 milhões de metros cúbicos frente os 8,8 milhões consumidos em 2005. Neste caso, em razão da menor necessidade de despacho das usinas termoelétricas.



Fonte: Valor Econômico