Entidades dos movimentos sociais do Pará  pedem fortalecimento da CMS

Texto assinado por entidades dos movimentos sociais do Pará e divulgado dia 1º ressalta a importância da luta por um projeto nacional de desenvolvimento. Confira, a seguir, a íntegra da nota.

O 1° de Maio de 2007, para os trabalhadores brasileiros e paraenses, constitui-se em renovação de forças e esperanças na luta, de convicções para construir um Brasil soberano, próspero e justo, democrático e integrado aos países irmãos do continente. Aos trabalhadores da cidade e do campo, está posta a responsabilidade política de romper com o neoliberalismo e avançar para um Projeto Nacional de Desenvolvimento com Valorização do Trabalho que inclua todos os brasileiros e brasileiras desvalidos.


 


 


A luta sempre foi renhida contra os exploradores e opressores. A busca de liberdade, de paz e prosperidade tem forjado a têmpera, a unidade e a consciência dos trabalhadores nas mais diversas formas de luta, quer contra os patrões, contra as ditaduras ou qualquer forma de cooptação. O resultado positivo desta luta tem se manifestado nas vitórias de governos progressistas no Brasil e na América do Sul, propiciando mais espaços democráticos e possibilidades de maiores conquistas.


 


 


No Brasil é preciso valorizar os avanços realizados pelo Governo Lula: fim da ALCA e das privatizações, fortalecimento do Mercosul, Estado indutor do crescimento (PAC), Bolsa – Família, entre outros. Entretanto é necessário ir além, sob pena de haver retrocesso. O país precisa  fortalecer seu mercado interno, reduzir a jornada de trabalho sem rebaixar os salários, ampliar a distribuição de renda, enfim, gerar mais empregos. Precisa, portanto, de mais investimentos e infra-estrutura. E para isso, é imprescindível o fim do superávit primário, a queda acelerada dos juros, um câmbio mais favorável e a diminuição da carga tributária.


 


 


Os trabalhadores têm enfrentado com determinação as investidas para retirada de seus direitos. Dizem não à Emenda 3, vetada pelo Governo, que fragiliza ainda mais a relação trabalhista; discordam do arrocho salarial proposto aos funcionários públicos e das limitações aos seus direitos de greve; querem garantias de não prejuízos para o FGTS. Não aceitam qualquer atitude ou reformas que faça retroceder suas conquistas.


 


 


Nesse 1° de Maio, homens, mulheres e jovens trabalhadores se juntam a todos os movimentos em defesa dos direitos sociais; contra a discriminação de sexo, étnica e religiosa, pela emancipação das mulheres e dos negros; pela defesa dos jovens contra a redução da maioridade penal e  pelo fim da violência que atinge a população. Nesse sentido, torna-se fundamental o fortalecimento da Coordenação dos Movimentos Sociais – CMS –, juntamente com a unidade das Centrais Sindicais em torno de um novo Projeto de Desenvolvimento para o Brasil.


 


 


No Estado do Pará, a eleição de Ana Júlia, vitória histórica da luta dos paraenses, enseja expectativas de maiores conquistas e avanços para os movimentos progressistas. No entanto, o melhor aproveitamento desse quadro político favorável passa pela definição de um projeto de Pará desenvolvido, democrático e com inclusão social; pela autonomia, unidade e fortalecimento dos movimentos e suas representações.


 


 


CSC – Corrente Sindical Classista
UJS – União da Juventude Socialista
UBM – União Brasileira de Mulheres
UNEGRO – União de Negros pela Igualdade