Eleições gerais ampliam debate político
Mais uma questão polêmica volta ao debate político com a possibilidade de aprovação de uma reforma política ainda este ano. Trata-se da realização de eleições conjuntas para todos os cargos, de presidente da República a vereador.
Publicado 13/05/2007 11:04 | Editado 04/03/2020 16:37
O tema não é novo mas ainda gera opiniões divergentes entre advogados que atuam na área do direito eleitoral e dirigentes partidários. Em razão dessa possibilidade, alguns prefeitos já estão falando na possibilidade de terem o mandato aumentado em mais um ano.
Os advogados Djalma Pinto e Isabel Mota não acreditam que os principais problemas da política brasileira sejam solucionados com a realização de eleições “casadas”. O presidente do diretório regional do Partido Comunista do Brasil, Carlos Augusto Diógenes, concorda com eles, mas o presidente do diretório estadual do Partido Verde, Marcelo Silva, argumenta que da forma que está, com eleições de dois em dois anos, não dá para continuar.
O presidente do diretório regional do Partido Verde, acha que temos eleições de mais e que um pleito a cada dois anos acaba prejudicando a gestão. Com a experiência de quem já foi prefeito ele assegura que não há como os gestores públicos deixarem de se envolver em uma eleição, ainda que não esteja em disputa o cargo que ocupa naquele momento.
Na avaliação dele questões fundamentais de interesse do povo ficam em segundo plano diante da disputa política. Marcelo Silva reconhece que a mistura de assuntos municipais e federais pode prejudicar o debate. Embora não saiba dizer se a solução é unificar acha que da forma que está não deve continuar. Ele sugere que se não for possível unificar as eleições devem ser na mesma época, ou seja, com a diferença de um mês das eleições municipais para as demais.
O presidente do diretório estadual do PC do B, Carlos Augusto Diógenes, confessa que não tem uma posição definida sobre essa questão, mas acredita que sendo as eleições conjuntas o debate nacional vai sufocar o debate local. Para ele isso não é bom porque os problemas municipais crescem a cada dia e precisam ser debatidos durante a campanha eleitoral. Ele acha que está boa a distribuição atual, com a realização de eleições de dois em dois anos, reconhecendo que quando termina uma eleição começam a tratar da próxima.
Fonte: DN