PF prende 11 que vendiam exames da OAB em Goiás

Durante a Operação “Passando a Limpo”, a Policia Federal prendeu 11 pessoas neste sábado, 12, sob acusação de fraude nos exames de ordem da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Goiás. A quadrilha, segundo a PF vendia, por até R$ 10 mil a aprovação no t

A Policia conseguiu, durante o dia, cumprir 11 dos 12 mandados de prisão dados pela Justiça Federal em Goiás, além de realizar diligências e cumprir 26 mandados de busca e apreensão, simultaneamente nas cidades de Goiânia e Caldas Novas.



Por medida de segurança o presidente da Ordem, Miguel Cançado, cancelou a segunda fase do Exame, que deveria ser realizado no domingo. A primeira fase ocorreu no dia 15 de abril.



Segundo a PF, a quadrilha aprovava cerca de 150 candidatos em cada exame. A polícia também descobriu que entre 116 candidatos investigados, 36 deles foram beneficiados com a fraude no exame do mês de dezembro do ano passado.



A quadrilha, segundo a PF, agia dentro da OAB. Para garantir o sucesso da fraude fornecia, aos candidatos e dias antes do exame de ordem, a prova com todas as suas respostas. Caso não fosse aprovado, o grupo dava uma segunda chance ao “candidato” – ele poderia passar a limpo, dias depois do exame oficial, uma prova substituta.



Segundo a Policia Federal, o grupo foi investigado durante 14 meses. Descobriu, ainda, que a quadrilha era formada, em sua maioria, por funcionários da OAB e, no período de um ano, teria movimentado cerca de R$ 3 milhões.



Entre os presos estão o presidente da Comissão de Exame da Ordem, Eládio Augusto Amorim Mesquita e seu vice, Pedro Paulo Guerra de Medeiros. Mais o tesoureiro, João Bezerra Cavalcante, e as funcionárias Maria do Rosário Silva de Oliveira e Osmira Soares de Azevedo.



A PF prendeu, ainda, uma outra parte da quadrilha que era formada por aliciadores – um grupo que ficava com R$ 6 mil dos R$ 10 mil cobrados pela aprovação no exame: Eunice da Silva Mello, Rosa de Fátima Lima Mesquita, José Rosa Júnior, Tevão Magalhães Zakhia, Marcelo Monteiro Guimarães e Euclides de Sousa Rios.



Os presos foram recolhidos à carceragem da PF, em Goiânia e estão à disposição da Justiça.