Daniel Almeida: aumento do emprego industrial confirma crescimento

Segundo o IBGE, houve variação de 0,4% no emprego industrial em março deste ano. É a terceira taxa positiva consecutiva na comparação com o mês anterior, acumulando no período uma expansão de 1,2%. Na comparação com março do ano passado, todas as variávei

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) avalia que esse crescimento é uma confirmação do momento de crescimento que a economia está vivendo. “São números comemoráveis e reforçam a tendência de crescimento da economia como um todo. O crescimento industrial é uma coisa positiva porque reveste-se de algo mais relevante porque o emprego industrial agrega valor ao produto, ou seja, estamos investindo em coisas com valor agregado maior, o que melhora a balança comercial brasileira e é um sinal de desenvolvimento positivo”.


 


Para Almeida, “somado ao aumento da formalização da mão de obra e da elevação dos salários, este crescimento dá em perspectiva uma segurança maior para o crescimento sustentável com base no desenvolvimento do mercado interno”.


 


Os números foram divulgados pelo IBGE na manhã desta segunda-feira (14).


 


Indústria


 


Em março, o emprego industrial apresentou variação de 0,4% em relação ao mês anterior. É a terceira taxa positiva consecutiva acumulando aumento de 1,2% desde dezembro passado. Frente a março de 2006 o crescimento foi de 1,7%, maior taxa desde maio de 2005 (2,0%). No fechamento do primeiro trimestre de 2007, o pessoal ocupado aumentou 1,2% em relação a igual período de 2006 e foi 0,5% maior que o do trimestre imediatamente anterior. O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou variação positiva de 0,4%.


 


No índice mensal, o crescimento de 1,7% foi decorrente, sobretudo, das contratações em onze dos quatorze locais e doze dos dezoito segmentos pesquisados. Os locais responsáveis pelos principais impactos positivos foram: São Paulo (2,7%), região Nordeste (2,8%) e região Norte e Centro-Oeste (2,5%). Na indústria paulista, entre os quinze ramos que aumentaram o emprego, alimentos e bebidas (4,8%), têxtil (10,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (28,1%) exerceram as influências mais importantes no índice geral.


 


Na indústria nordestina, alimentos e bebidas (6,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (42,4%), refletindo o dinamismo do setor sucroalcooleiro, representaram os impactos mais significativos entre os sete segmentos com resultados positivos. Na região Norte e Centro-Oeste, o aumento do emprego foi observado predominantemente em alimentos e bebidas (14,6%).


 


Em sentido contrário, as pressões negativas se concentraram no Rio Grande do Sul (-2,2%), Minas Gerais (-0,9%) e Bahia (-0,6%) sobressaindo, respectivamente, os setores: calçados e artigos de couro (-14,4%); vestuário (-17,0%); e minerais não-metálicos (-16,1%).


 


Na comparação com março do ano passado, no total do país, as principais contribuições positivas no resultado vieram de alimentos e bebidas (6,7%), produtos de metal (5,6%) e meios de transporte (3,9%). Já as expressões negativas mais significativas foram calçados e artigos de couro (-6,6%), vestuário (-5,0%) e madeira (-4,2%).


 


Horas Pagas


 


O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria no mês de março apresentou queda de 1,0% em relação a fevereiro após crescer 1,9% no mês anterior. Na comparação com o igual mês do ano anterior, a taxa fica em 1,1%, décimo resultado positivo consecutivo. No indicador acumulado nos últimos doze meses, o acréscimo foi de 0,5% e permanece em trajetória ascendente desde outubro de 2006.


 


O número de horas pagas, segundo o indicador mensal, registrou crescimento de 1,1% com onze dos quatorze locais e onze dos dezoito ramos pesquisados assinalando acréscimo. Em termos setoriais, as maiores pressões positivas vieram de alimentos e bebidas (6,1%), produtos de metal (3,8%) e de outros produtos da indústria de transformação (4,6%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-9,7%) e vestuário (-6,8%) exerceram as contribuições negativas mais relevantes.


 


Ainda na comparação com março de 2006, os locais que assinalaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram: São Paulo (1,3%), região Nordeste (2,0%) e Paraná (3,0%). Em São Paulo, doze das dezoito atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (21,1%), têxtil (5,8%) e alimentos e bebidas (1,8%).


 


Na indústria nordestina, alimentos e bebidas (5,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (44,8%) exerceram as principais contribuições positivas; e no Paraná, o segmento de alimentos e bebidas (8,1%) representou o impacto mais expressivo. A principal influência negativa veio do Rio Grande do Sul (-2,8%), sobretudo devido a calçados e artigos de couro (-19,3%).


 


Regionalmente, as influências positivas mais importantes no resultado global vieram de São Paulo (1,1%) e da região Nordeste (2,2%), enquanto, em sentido contrário, Rio Grande do Sul (-3,4%) e Minas Gerais (-1,7%) exerceram as principais pressões negativas. Em bases trimestrais, após apresentar trajetória ascendente ao longo de 2006 (0,1% no primeiro e segundo trimestres, 0,4% no terceiro e 0,8% no quarto), o número de horas pagas manteve o ritmo de crescimento observado no último trimestre de 2006.



 


De Brasília,
Mônica Simioni
Com informações do IBGE