Brasil e Argentina ampliam ações para integração energética

Brasil e Argentina criaram um grupo de trabalho para “amadurecer” a integração energética. Os dois países voltam a se reunir em julho para definir estratégias. As decisões foram tomadas nesta terça-feira (15) pelos ministros de Minas e Energia do Brasil,

Rondeau informou que entre as áreas de interesse dos dois países estão gasodutos, energia nuclear, hidrelétricas binacionais e biocombustíveis. “Hoje a Argentina tem um lugar significativo na questão da produção de biocombustíveis, exporta esse produto. E o Brasil tem uma tecnologia também avançada com grande capacidade de produção. O importante é construir uma sinergia entre os dois países na questão dos biocombustíveis”, disse Rondeau.



O ministro argentino defendeu que a produção de biodiesel e etanol seja capaz de atender a demanda brasileira e argentina. “Vimos também a possibilidade de uma experiência conjunta, de transmissão de conhecimento”, disse Vido.



Com relação à energia nuclear, o ministro brasileiro afirmou que ainda não está definida como será a parceria, mas adiantou que deve ser firmado um acordo de cooperação técnica para desenvolvimento de tecnologia nuclear.



“A Argentina retomou o programa nuclear e temos as plantas de Angra 1 e 2. O importante é que os dois países já têm conhecimento dessa tecnologia. Tem compromissos de atendimento de suas matrizes energéticas”, lembrou o ministro Silas Rondeau.



Rondeau informou que não foi discutida com o ministro da Argentina a nacionalização da produção de gás natural na Bolívia. “Na pauta da reunião não tinha essa discussão. Estamos, na verdade, vendo como potencializar Brasil e Argentina”, disse Rondeau.