Deputadas mineiras querem ampliar espaço de poder das Mulheres
A bancada feminina das deputadas estaduais da ALMG querem mais do que uma coordenadoria de políticas públicas para as mulheres. Durante entrevista coletiva na tarde de ontem, (08.05), para alertar os prefeitos da proximidade do fim do prazo para a real
Publicado 14/05/2007 12:43 | Editado 04/03/2020 16:52
As deputadas alegam que há ainda muita discriminação da mulher em todos os aspectos (sociais, políticos, econômicos) e que é preciso reverter esse quadro. Alegam que as mulheres precisam se mobilizar mais para alcançar espaços de poder e, assim, garantirem direitos elementares nos campos da saúde, educação, trabalho e renda, dentre outros.
Para a deputada estadual Gláucia Brandão (PPS), um dos desafios das mulheres brasileiras e mineiras é encontrar formas e estratégias para ampliar a sua participação nos espaços de poder. “Nós ainda estamos muito aquém dos homens nessa questão, apesar da Constituição de 1988 garantir igualdade de participação no exercício de direitos sociais e políticos”, alega. Para a deputada, as conferências municipais de políticas públicas, bem como o debate que se construirá durante as discussões sobre os planos nacional e estadual de políticas públicas para mulheres serão momentos privilegiados para avançar nesse sentido.
Já a deputada Rosângela Reis (PV) destaca a importância das mulheres se conscientizarem de que a mobilização é fundamental para garantir a instituição de políticas públicas que beneficiem a classe feminina. “Queremos convidar a todas as mulheres para que possam estar atentas e participarem efetivamente das conferências municipais. Que se envolvam e que se instituem como delegadas a fim de marcarem presença na Conferência Estadual de Políticas Públicas”, reforça.
O prazo para as conferências municipais se extingue no próximo (dia 14/05), mas a deputada Maria Lúcia Mendonça (DEM) lembra ser possível ainda a participação daqueles municípios que não se mobilizaram até agora. “Basta o prefeito baixar um decreto específico instituindo a realização da conferência. Se isso for muito difícil, que ele participe da mobilização feita pelas cidades vizinhas. Como ex-prefeita, tenho consciência de que essas iniciativas ajudam muito os gestores municipais a administrarem com a participação efetiva das Mulheres”, ressalta.
A deputada Cecília Ferramenta (PT), por sua vez, fez questão de lembrar temas da maior relevância e que estarão na ordem do dia dessas mobilizações. Entre as temáticas, citou como principais assuntos a serem abordados “a violência contra a mulher, educação inclusiva não-sexista, a mulher nos espaços de poder, saúde da mulher, autonomia e igualdade no mercado de trabalho”, dentre outros.
Já a deputada Elisa Costa (PT) lembrou que, para haver uma real implementação de políticas públicas para as mulheres é preciso que os municípios se apropriem de recursos nos âmbitos federal e estadual. Assim terão condições de fato para avançar em ações no combate ao câncer de colo de útero e de mama, Aids, etc. “Existem recursos no Ministério da Saúde e que os municípios devem se apropriar por meio de políticas voltadas para as mulheres”, destacou. Outra questão, segundo a deputada, é a criação através do Tribunal da Justiça e por meio da reforma do judiciário de varas especializadas em cidades pólos e nos municípios menores com vistas a contribuir para a efetiva implementação da Lei Maria da Penha no combate à violência contra a mulher.
Deputadas estaduais que compõem a Bancada Feminina
Ana Maria Resende(PSDB); Cecília Ferramenta(PT); Elisa Costa(PT); Gláucia Brandão(PPS); Maria Lúcia Mendonça(DEM); Rosângela Reis(PV) e a secretária estadual Elbe Brandão, também compõe a Bancada.
Fonte: Eficaz Comunicação