No Estado do Pará a juventude tem voz e vez!

O jovem paraense acaba de ganhar mais um instrumento em defesa de seus direitos: o Conselho Estadual da Juventude, composto por 13 membros de entidades da sociedade civil e 13 representantes de Secretarias do Governo do Estado. A posse dos conselheiros

O Conselho é o primeiro de caráter deliberativo do País capaz de propor e fiscalizar a implementação de ações públicas para os jovens do Pará. A entidade foi criada no final de 2006, mas somente este ano foi devidamente legalizado. Estima-se que cerca de 30% a 50% da população brasileira é jovem, na faixa etária de 18 a 29 anos. De acordo com o conselheiro Osvaldo Figueiredo, da Casa da Fraternidade, 74% da população carcerária é composta por jovens, que são, em grande maioria, negros, pobres e com baixa escolaridade, o que ressalta a necessidade de iniciativas específicas para o segmento.


 


A secretária estadual de Justiça e Direitos Humanos, Socorro Gomes Coelho, que está enteve entre os palestrantes do evento, acredita que a atual administração recebeu a missão de construir um Estado de Justiça e de Direitos Humanos onde os jovens devem ter o papel de protagonistas. 'Ele se torna uma abstração se não for vinculado ao direito de viver. E o que é a liberdade, tão defendida nos tratados internacionais? Os jovens que estão aqui (CIG) têm a liberdade de escolher o que vão comer, a assistirem uma peça de teatro? É preciso políticas públicas que garantam esses direitos sagrados. Nenhum governo dará conta disso se a juventude não for protagonista desse processo e romper com este ciclo de crueldade', opinou a secretária. Para o representante da Federação Estadual de Centros e Associações Comunitárias do Estado do Pará, Emerson Santos, ainda não havia reconhecimento do público jovem que agora ganha maior representatividade. 'O Conselho será o nosso elo da sociedade com poder público', opinou.


 


De acordo com Sandro Resende, do Conselho Nacional da Juventude, os jovens vivem o seu pior momento no Brasil, tendo de enfrentar a decadência da educação pública e futuros problemas nas áreas da Previdência e Saúde a partir da queda do padrão de qualidade de vida no Brasil. O país deverá ter em breve o maior número de idosos de sua história com o envelhecimento da população e a queda da taxa de natalidade. 'É preciso também começar a agir a partir desta geração sacrificada. Cerca de 20% a 23% dos jovens da população economicamente ativa estão desempregados pela deficiência na base de emprego ou por não terem experiência ou qualificação. Temos o jovem empreendedor, que possui a possibilidade de ter o autoemprego; o jovem que vive dividido entre estudar e trabalhar; aquele que tem pelo menos dez anos de estudo, mas falta ainda a qualificação e a oportunidade para ser inserido no mercado de trabalho; e o abaixo da linha de escolaridade que corre risco social', explicou Resende.


 


para complementar o ciclo de implementação da política do Conselho, será promovido ainda este ano, o II Encontro Estadual da Juventude. A data não está definida. Durante o encontro será elaborado o Plano Estadual da Juventude que deverá ser apresentado ao Governo Federal com ações que beneficiarão os jovens paraenses.


 


Fonte:
Amazônia Jornal