PCdoB/MG discute projeto político da capital

Em sua intervenção Walter Sorrentino fez uma avaliação do momento político que se inicia com a reeleição do Presidente Lula e a nova correlação de forças, no país, apontando a necessidade do Partido se lançar mais à sociedade, colocando-se também como uma opção eleitoral para disputar, nas próximas eleições, cargos majoritários. O dirigente nacional destacou a importância e as condições favoráveis de se ampliar as filiações ao Partido, principalmente de pessoas de expressão na sociedade, que sejam democratas, patriotas, que assumam o compromisso com o povo e que estejam dispostas a participar do projeto eleitoral do PCdoB.

A reunião discutiu a possibilidade do Partido disputar as eleições majoritárias em Belo Horizonte, como parte do projeto nacional de se apresentar em 14 capitais do país, conforme discussão da Executiva Nacional. Segundo o presidente interino do Comitê Municipal, Dinei Carneiro: “apresentar o nome de Jô Moraes para as forças democráticas da Capital é uma forma de fortalecer a aliança desse campo que vem sendo construído há mais de uma década. Para Dinei Carneiro, “O nome de Jô Moraes é respeitado na cidade e reúne condições para se colocar na disputa majoritária da capital podendo contribuir, em muito para o avanço
desse projeto”.

Conferência Municipal

A presidente Estadual do PCdoB e Deputada Federal Jô Moraes, ao justificar a decisão das duas direções de antecipar a Conferência Municipal ressaltou a importância de mobilizar a militância do Partido para assumir ativamente seu papel na definição dos rumos que estão sendo propostos para o próximo ano e no fortalecimento da estruturação partidária.

Ao final da reunião, as duas direções responsabilizam a Comissão Política Municipal e o Secretariado Estadual a tarefa de organizar a Conferência no prazo máximo de 60 dias a partir da divulgação do edital de convocação.

Leia o documento na íntegra.

Resolução sobre a Conferência na Capital

1 – O novo ambiente criado com a reeleição do presidente Lula e a ampliação das possibilidades para se avançar no projeto de desenvolvimento com distribuição de renda exige uma tática mais ousada e afirmativa por parte do partido. Como diz o último documento do Comitê Central: “O PCdoB está diante de uma realidade conformada pelos últimos acontecimentos que permite maior afirmação do seu papel e avanço mais audaz da sua política em defesa do Brasil e do seu desenvolvimento, da democracia, do progresso social e da integração continental”. 

2 – São múltiplos os desafios que o Partido tem para esse período: construir um projeto eleitoral para 2008 que assegure a vitória das forças progressistas e a expansão do PC do B; incorporar-se às mobilizações, reforçando e ampliando os laços com o movimento social e as camadas pobres do povo; atuar intensamente na luta de idéias, particularmente no que se relaciona com a perspectiva de um novo projeto de Brasil.

3 – Para enfrentar estes desafios o Partido precisa colocar sua estrutura à altura das novas exigências. O Plano de Estruturação Partidária – MG, que está sendo debatido e construído indica as tarefas centrais. Aponta ele: “a rigor, estruturar é criar as condições para garantir a aplicação da audaciosa política partidária em curso. …Instrumentalizar politicamente o partido e assegurar  estabilidade e funcionamento regular de sua estrutura dirigente são os meios seguros para enfrentarmos a nova fase”.

4 – O resultado eleitoral de 2006, na capital, à parte as vitórias alcançadas pelo partido, registrou o avanço da votação tucana e de setores conservadores, com retração dos votos dados à esquerda. Lula caiu 13,9% em relação à eleição anterior, e a diferença de seus votos para os do candidato tucano, que tinha sido de 51%, em 2002, caiu para 26%. Aécio Neves teve 82,4% dos votos de BH, além de ajudar a eleger o senador do PFL. São resultados que demonstram certo avanço das forças liberais-conservadoras numa cidade administrada por um projeto popular a 15 anos.

5 – O quadro político da capital saído das eleições de 2006, impõe ao Partido maior empenho no sentido de compreender os fenômenos que contribuíram para ele e a nova correlação de forças resultante. Coincidentemente, é nesse momento que a direção municipal enfrenta uma nova realidade orgânica surgida de circunstâncias imprevisíveis. Diante do novo quadro coloca-se a emergência da mobilização do coletivo na construção do projeto político da capital e da recomposição da direção municipal, através da antecipação da Conferência Ordinária que se realizaria no início do segundo semestre.

6 – Com base no artigo 28 das normas estatutárias a Comissão Política Estadual e a Comissão Política Municipal de BH, propõem a antecipação da Conferência Ordinária a se realizar no prazo de 60 dias após sua convocação, que tenha como pauta de seus debates: a) a situação política e a construção do projeto eleitoral do PC do B; b)  o projeto do PC do B para elevar seu protagonismo  nas lutas sociais e na luta de idéias e: c)  eleição do Comitê Municipal.

7 – No processo de preparação da Conferência implementar as Resoluções do PEP, como único caminho para assegurar êxitos mais duradouros.

Belo Horizonte, 7 de maio de 2007

Comissão Política Estadual – PCdoB – MG
Comissão Política Municipal – PCdoB – BH