Grande Natal discute desenvolvimento sustentavel

A Secretaria de Planejamento e das Finanças do RN-Seplan, em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Terra Potiguar, intermediado pelo Grupo Técnico da Região Metropolitana de Natal, promoveram o Seminário “Grandes Projetos e Impacto

O seminário, que integra o processo de elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável da Região Metropolitana, foi aberto com uma conferência da economista Tânia Bacelar, que coordena o Plano, abordando a temática “Caminhos para um Pacto de Gestão Metropolitana”, foram realizados também debates, painéis e mesas-redondas. Nos painéis foram apresentadas as principais características dos projetos, e nas mesas-redondas foram abordados os impactos territoriais, urbanísticos, ambientais, econômicos e sociais, bem como, analisadas as respectivas demandas por infra-estrutura, serviços econômicos e recursos humanos.


 


Segundo George Câmara, Coordenador da Região Metropolitana de Natal/Seplan “avaliar os eventuais impactos territoriais, urbanísticos, ambientais, sociais e econômicos desses fatos portadores do futuro é fundamental para que possamos desenhar a metrópole desejada”. Entre os projetos analisados pelos debatedores do evento, constam o da construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, as obras de saneamento e recursos hídricos, duplicação da BR-101, o pró-transporte, a Via-Metropolitana, a expansão dos Trens Urbanos e a construção da Ponte de Todos Newton Navarro.


 


O coordenador do Grupo Técnico aponta a utilização conjunta do aterro sanitário de Ceará-Mirim como uma das primeiras ações práticas da RMN. Outro avanço foi  a criação do SAMU Metropolitano. Mas as carências ainda persistem. George Câmara aponta a necessidade da adoção dos “consórcios públicos”, instrumentos criados em 2005 e que podem abranger todas as áreas da administração. “Tudo isso, porém, depende muito da vontade dos prefeitos, que muitas vezes ainda levam em consideração apenas questões políticas”, lamenta.


 


As principais preocupações de George Câmara quanto ao desenvolvimento da RMN são com a preservação ambiental e a exclusão social. “Natal foi a única capital onde, durante o governo Lula, não houve redução da desigualdade social. Houve aumento do espaço que separa os mais ricos dos mais pobres e essa tendência de exclusão é preocupante. Uma das justificativas é que a compra de imóveis por europeus vem expulsando os natalenses, que hoje moram mal e acabam indo para as beiras do rios e outras áreas de proteção”, ressalta.


 


“É preciso que haja uma integração. Pois não dá para se falar, por exemplo, em drenagem em Igapó (bairro de Natal), sem levar em conta o Jardim Lola (pertencente a São Gonçalo do Amarante)”, exemplifica o coordenador do Grupo Técnico da RMN, George Câmara. Atualmente, além da capital, somente dois municípios já contam com seus planos diretores concluídos: Extremoz e Ceará-Mirím. Os demais ainda estão em fase de elaboração, ou de licitação.


 


De Natal (RN), Jan Varela, com informações do Diário de Natal e Tribuna do Norte.