Alencar diz que há “apenas uma suspeita” sobre Silas Rondeau

O presidente em exercício, José Alencar, comentou hoje (21) a suspeita de envolvimento de Silas Rondeau nas fraudes descobertas pela Operação Navalha, da Polícia Federal. Ele afirmou não ter nada a comentar sobre isso porque “não há uma acusação nem um

O presidente em exercício elogiou o trabalho da Polícia Federal e declarou que condena qualquer esquema de corrupção porque “fora da lei não há salvação”. Mas ponderou: “Não posso condenar as pessoas quando apenas há indícios”.


 


Sobre a possibilidade de afastamento de Silas Rondeau, Alencar deixou a questão por conta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “É uma questão do ponto de vista de consciência pessoal dele [do ministro]. E em relação ao ministério, quem decide é o Lula”.


 


Ontem, o ministro negou a existência de provas de seu envolvimento nas fraudes. Em Assunção (Paraguai), onde participa de visita de negócios do governo brasileiro, ele disse que, quando muito, há uma “suposição”.


 


Na quinta-feira, quando a operação foi deflagrada, dois assessores do ministério (Sérgio Luiz Pompeu de Sá e o chefe de gabinete Ivo Almeida Costa) foram presos – o segundo foi exonerado no mesmo dia. No fim de semana, imagens e diálogos veiculados pela imprensa reforçaram a suspeita de que o ministro esteja envolvido, pois teria recebido propina de R$ 100 mil da construtora Gautama, do empresário Zuleido Veras (também preso) por facilitar licitações do programa Luz Para Todos.


 


“Pode haver uma suposição. Eu não acredito que a Polícia Federal tenha dito isso [que ele está envolvido], porque teria que haver uma prova”, afirmou Rondeau ontem (20), no Paraguai.


 


O ministro também se disse à vontade para permanecer no cargo, por não ter o que temer. “Estou absolutamente convicto de que não existe nada que venha comprometer [minha situação], e isso aí vai ser provado na Justiça”.


 


José Alencar participou hoje da abertura do 2º Seminário Internacional Federalismo e Desenvolvimento, que começou hoje e termina quinta-feira, em Brasília.


 


Fonte: Agência Brasil